sábado, 19 de dezembro de 2009

e no final [...]

Nunca esqueçam que do lado das pedras sempre há um mar, e que nada e nenhuma dor pode justificar a falha que é desistir. Não esqueçam jamais que por trás da feiura, pode, e talvez sempre haja um lado bem mais bonito.
Não perca a esperança de se surpreender, muito pelo contrário, nunca deixe de lado a vontade insaciável de mudar e acreditar no inacreditável.

Porque no final das contas, quando não há nenhum conceito ou ideia, o que nos faz continuar é o desconhecido, que fica além do amanhã, além dos nossos olhos.

Para mim, apenas o aprendizado.
E o sorriso fácil, daquele que hoje entende, que por todo o tempo o destino só quis me ensinar mais uma lição.
E por isso, agora incomparavelmente a antes, eu sei que jamais deve-se duvidar do que ainda existe para se aprender.

O cara lá de cima tá cheio de novos planos, ele é o homem mais criativo do universo, e só nos basta um pouco de paciência, para esperar cada coisa no seu tempo, sempre muito, muito, muito certo.

E com surpresa, suspiro e digo aliviado para mim mesmo, 2009, você foi o meu melhor!
Obrigado!

A Deus, o meu maior agradecimento!
Do meu amor incondicional, da minha humilde existência.

domingo, 6 de dezembro de 2009

suave.

na mesma tecla.

Porque esse é o único jeito de continuar, quando nos deixamos morrer por alguns instantes, até que possamos voltar e nos erguer do zero, acreditando que dessa vez será diferente.

É assim que se sobrevive, quando nos deixamos para trás, e anunciamos a hora do óbito, seguida por um silencio quase sempre fatal.

Eis o que acontece, eis o que é.

19:25

Porque agora, muito mais do que ontem, eu tenho com o que me preocupar.
Meu corpo aprendeu a esconder, e fantasiar com dor aquilo que deveria ser insatisfação.

Eis um problema; Agora eu vou ter que aprender anatomia.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Lykke Li - Tonight.

o resto.

Porque depois de tanto tempo, de tantas aventuras e circunstâncias, depois de tudo isso, você percebe que está rodeado de ratos, que não entendem a experiência de viver. Você ouve conselhos de coitados, você entende os problemas dos sortudos, e então forja um sorriso meio desajeitado, caminha sem muito glamour até a primeira saída, e diz para si mesmo, aquilo que ninguém pode escutar... A verdade sobre a verdade, é que ela dói.

Sobre o plano.

Não ser levado a sério talvez seja pior do que não ser notado.
E quando sua palavra não faz mais o mínimo sentido, e aquilo que você queria mostrar não passou de nada, você se cansa, e suspira sozinho enquanto a única coisa que seus olhos fitam são seus próprios pensamentos.

Você questiona, duvida, hesita, e por fim, deixa escapar seu ultimo suspiro. Deixa então que saia, feito água, tudo aquilo que você quis aplicar com o tempo, você joga tudo para fora, feito uma avalanche de palavras.

Não ser levado a sério é como se guardasse dentro de si a verdadeira essência do que já é, e quando você já expôs essa essência e se aceitou de todas as formas... Não ser levado a sério se torna patético e inaceitável.
É como se passassem a aplicar punições a uma pessoa que não cometeu um crime, como se medicassem um paciente que não está doente, e como se rezassem pra um santo que não é santo.

Você analisa essa situação por algum tempo, e sorri para si mesmo. Não faz sentido algum, você tenta repassar o plano mais uma vez, entende todas as diretrizes, e percebe no final das contas que em algum momento a linha se rompe, porque não há nada que continue a explicar.

Talvez esteja aí o erro, na explicação do plano como um todo. Em algum momento algo não procedeu como o planejado, e diferente da teoria, a prática tende a falhar. E por isso, quando não somos levados a sério, ou em qualquer outra situação que nos faça entender que deixamos escapar algum detalhe, nós temos que revisar, para entender, que no final das contas, o fim é justificado pelo meio.

Estamos aptos a falhar, e quando isso acontecer, é bom aprender com os próprios erros.

domingo, 29 de novembro de 2009

para constar.

Que vem para desestabilizar.

É a figura daquilo que desordena, e trata logo então de mudar todo o sistema.
Porque para desestabilizar não há protocolo, apenas a vontade berrante de destruir.

E para desfazer é muito mais fácil do que fazer... Basta um pouco mais de maldade, um pouco mais de malícia.

sábado, 28 de novembro de 2009

Opostos.

Tenho um lado tão calculista que volta e meia trata de me assustar, um lado tão frio que o Polo-Norte iria parecer Rio de Janeiro 40°.
E é nesse lado que eu encontro a minha maldade, as minhas ideias mais perversas.

Mas isso não é muito, não é especial.
O seres humanos não são divididos em hérois e vilões, cada um de nós possui esses lados, só que apenas uma pequena parte trata de escolher sempre por aquela voz que grita insistentemente na nossa mente, e a deixa se expressar, deixa transparecer.

Eu também tenho um lado bom, e em quase 90% do tempo é ele que fala. Porque é mais ético, e muito mais "humano". E é por isso que continuamos fingindo que não existe uma voz nos estimulando a fazer o "errado", porque as regras foram estipuladas, e agir de outra forma parece sempre muito sujo e mundano.

Os conceitos foram formados, as regras estipuladas, e só temos noção dessas coisas porque assim nos foram ditas. Por isso calamos essa voz, esquecemos, e fingimos que só o lado bom está falando, porque mesmo quando trememos na base, quando quase somos dominados por esse lado tão frio, nós sorrimos e fingimos que nossos pensamentos são otimistas, sempre.

Porque no final das contas, não queremos acreditar que podemos ser tão monstruosos de pensar algo do gênero ( segundo as regras).

Imagine então, se os pensamentos fossem sempre em voz alta...

10:56

Por isso, sou essa carcaça, que anda por aí tapando os próprios buracos com a mão, para que os bons sentimentos não voem no ar, feito papel, feito o próprio ar.

"au revoir!"

Carta ao coração.

Excelentíssimo Sr. Amor,

Gostaria de notificar que o envio do pacote enviado neste ano foi falho, talvez tenha sido extraviado e destinado para algum país distante, tal como a Sibéria.
Agradeço sua paciência, mas parece que há algum problema com seu sistema de envio, já que há 18 anos a coisa não funciona direito.

Grato,

Humildemente, André.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

de todo o mal.

E o que se faz quando o mal está dentro da sua própria casa?
Uma dor inevitável, um problema que está fora do seu controle, que permanece grudado em seu corpo, grudado na sua vida.

Você estabelece as suas metas, faz os seus esquemas, constrói um plano... Até que tudo isso seja destruído.

P.

Quanto barulho, meu Deus!
Não consigo ouvir meus próprios pensamentos...

Volte mais tarde.

Possibility.

Eu nunca me imaginei forjando ser o que não sou.
Meu pai me ensinou desde muito cedo que mentira é algo muito feio. Assim como me ensinou que existem consequências, e que cada ato meu vai ser responsabilidade totalmente minha.
Foi assim que aprendi que independente do desafio, eu tenho que manter minha cabeça erguida, mesmo que pareça impossível de se fazer.

Foi seguindo esse raciocínio que eu aprendi a assumir tudo aquilo que fiz ou farei.
E transformar em realidade aquilo que me foi imposto pelo destino.

Lá fora eu descobri que não existe uma ou duas pessoas que tem como objetivo nos desvirtuar, mas sim que existe uma selva cheia delas. E que de vez em quando vai parecer até irritante, porque elas estarão em cada esquina, em cada curva.
Mas sabe onde fica a parte boa disso tudo? É que no final das contas, depois de tanto tempo, você olha pro lado se dá conta de que elas não conseguiram. Porque você ainda está aqui, você ainda pode sorrir, e você ainda pode ser feliz.

E se sua cabeça se dá a pensar em tudo aquilo que lhe foi feito, do mal, das tristezas, das palavras que não foram medidas, é melhor você entender que no final das contas quem está rindo é você. Porque, finalmente, encontrou em si mesmo a realidade do seu próprio ser.

E se você não encontrava um rumo, uma recompensa por essa luta, aí está, um motivo infinito para continuar a erguer a cabeça, e falar para todo mundo que você realmente está aqui.

É... Eu nunca me imaginei forjando ser o que não sou.
E me desculpe os que discordam, mas é muito melhor quando você sorri sem preocupação, porque você não anda fingindo ou mentindo sobre si mesmo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

nota.

Te olhar hoje é como notar um quadro vazio.
Possíveis interpretações, possíveis percepções.

Essa ferida aberta, que por enquanto, trata de esquecer o seu rosto.

Até mais, meu amor. ~
Se for se aproximar, avise.
Se for falar espere a pausa.
Se for gritar me esqueça.

Se for olhar, sorria.
Se for mentir, sinta vergonha.

Entenda meu corpo, desvende meus mistérios, repare nos sinais, e saiba quando um abraço for necessário.

Doer dói em silencio.
Minha dor é muda, feito porta, feito corrimão.


Sensibilidade, e é tudo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

23:01. O quê?

Vazio, no momento o toque despedaça os olhos.
Na alma a criança chora, lá fora o homem grita.
Na calmaria das horas as cores vão perdendo o tom, e nas horas vão perdendo o dom.

De tantas faces que não se pode escolher, de tantas dores que não se pode descrever.
Dentro há um poço vazio, o toque de uma gota no chão, o barulho oco, que no eco estronda o horror de um show sem muito sucesso, sem muito glamour.

De tantos casos, o acaso, quem sabe um descaso, para entender que nem sempre há explicação, nem história, nem magia, naquilo que muito planejamos.
Você vira a rua, escolhe a esquina, imagina a visão, mas de repente se dá conta de que nada mais existe. A música no ouvido te diz coisas que você queria acreditar, e instiga o seu inconsciente a se envenenar da droga da ilusão.

Os encontros existem, os momentos também.
Mas nada disso garante que sejam frequentes, nada disso os garante a você.
E talvez seja apenas para provar, sem compromisso, que não importa o que a mente quer entender, existe apenas por vontade do seu dono, do acaso, do destino.

Os momentos existem, a magia também.
Mas nada garante, não está escrito, não está previsto.

Talvez naquela rua, correndo na chuva, talvez você encontre um sorriso, um abraço, uma paixão.
Talvez procurando um táxi você encontre o amor, ou quem sabe esbarre e derrube os livros, os documentos, quem sabe assim um toque seja o suficiente para encantar. Quem sabe...

Mas é entendendo assim que nos damos conta de que talvez tudo isso seja obra do acaso, e que o destino é o ladrão nada honesto que rouba todo o crédito.

Por fim, defendo nesta hora o acaso, que enganado foi.
Estamos andando em todas as direções, e quem sabe, quem sabe, possamos esbarrar com alguém que seja capaz de compartilhar um pouco dessa rara e curta trajetória.
O destino foi o farsante desse episódio, tratando de fazer seu sucesso em cima daquilo que pertencia ao acaso.

E se assim for, entendo que nossa história se faz fruto de uma caminhada, que não se estrutura de um caminho já traçado, mas sim de uma caminhada feita com esforço e dedicação.
E talvez, talvez, os prêmios dos nossos caminhos estejam esperando pelo nosso esforço em caminhar de forma descente e honesta.

Então faço desse o meu tema, o norte dessas palavras tão perdidas e embaraçadas.
Dessa vida bandida e cigana, e de todas as outras tribos que possam se interessar.
A vida é do acaso, e é para ele que o prêmio vai.

No final das contas, depois de muito entender, nos damos conta de que nada dependia das linhas, mas sim do lápis.
Os momentos existem, a magia também, mas tudo depende daquilo que você constrói, enquanto as palavras vão ficando soltas como tudo aquilo que permanece lá fora, tudo vai se embaralhando até que você merece, você chegou.
Um esbarrão, um encontro, é o fim, o começo, quem sabe...

Você merece, você escreve, você entende.

O destino, grande sacana, enganando aqueles que entendem de ilusão.


Sobre desentender. Distorcer.




mano velho.

É olhando para o lado que eu identifico um momento de produção inútil.
Procurando no vazio de uma lâmpada uma ideia adequada para descrever.

O óculos torto, o olhar aflito.
O vazio na página, o coração sem sinal algum.

Três palavras e já não há nexo.
Tento mais vezes, apago o dobro e esqueço na metade.
Um bloqueio, um momento.

No relógio já diz que é tarde... tarde quanto?
Um conceito tão vazio e sem respostas.
Não é tarde até que se ache, e então, torna-se um conceito individual.

Tarde até quando?
Quando na verdade pode ser cedo demais para desistir.
Esse texto não deveria existir, essa temática não deveria existir, mas ela existe porque eu esperei até mais tarde do que deveria esperar.

É pessoal, e não se deve dizer a ninguém sobre o quanto pode estar cedo, ou tarde.
Eu entendo o meu tempo, entendo os meus horários, e provavelmente já saberei da minha capacidade, ou da falta dela.

Então, talvez seja por isso que velhice é uma questão de entender. Só é tarde quando se deixa acreditar, e por isso, aqueles que entendem e absorvem tal informação no começo, logo se tornam velhos na alma, velhos na essência. Esses, os que aceitam, jamais entenderão o valor de mais um tempo. Aqueles que relutam, se esforçam e questionam o conceito, tornam-se entendidos daquilo que para tantos outros se tornou cego e desconhecido. Negando a acomodação que vem com esse conceito é que você aprende que não é tarde, e não é cedo demais. Talvez seja apenas a hora certa, para entender e mudar, para lutar e amar.

Quando é tarde?
Quando na verdade esse texto nem deveria existir.

É apenas um começo, quando para você existe uma hora certa.

Não é tarde, e talvez não seja tão cedo assim.
É apenas tempo, empilhado no quintal.
Apenas tempo, apenas muito tempo.
E então não é tarde, é apenas a hora de começar.

[...]

00:23
Esse é o espaço destinado para me descrever neste exato momento.








[...]

Boa noite!

domingo, 8 de novembro de 2009





Little Joy.

"Tempo a gente tem quanto a gente dá, corre o que correr, custa o que custar.
Tempo a gente dá, quanto a gente tem, custa o que correr, corre o que custar.

O tempo que eu perdi, só agora eu sei,
aprender a dar, foi o que ganhei. E ando ainda atrás, desse tempo ter, pude não correr, e ele me encontrar.

Não se mexer... beija-flor no ar

O rio fica lá, a água é que correu, chega na maré, ele vira mar.
Como se morrer fosse desaguar, derramar no céu, se purificar.

Deixa pra trás, sais e minerais.

Evaporar."

~

Antes de dormir.

O tempo vai passando, passando... E passa sempre cada vez mais rápido.
Até que nos damos conta de que uma grande parte da nossa vida já se foi.

Grandes conquistas, grandes mudanças, grandes histórias.
Seu mundo se modificou desde então, e hoje você já não reconhece o menino de ontem.
Tornou-se um homem, cresceu e já pode falar em voz alta, porque você é responsável pelos seus atos.

Olhando as fotos, as recordações, você se dá conta de que não entende mais aquilo que lhe afligia num certo tempo atrás, você sorri, e guarda na caixa aquelas coisas que não possuem mais o mesmo valor.
Você não se sente mais englobado naquelas situações, e brinca, pois agora você já possui uma nova ocupação.

O tempo se esvaiu entre os seus dedos, e é inevitável a sensação do que não pode ser recuperado.
A infância já se foi, e junto com elas as brincadeiras, a inocência e a vontade de crescer.
Você já não é um pré-adolescente, e não possui mais a vontade insaciável de conhecer.
Sua adolescência se foi, tão pouco tempo atrás, e agora nem isso você pode ter de volta.

Nem o tempo mais recente, nem as histórias mais quentes.
Você não pode trazer nada de volta, porque o rio segue o seu destino.

Água esvaindo entre os dedos, o tempo que não voltará.
Você hoje é um homem, e isso parece muito excitante... Mas você não esquece, você não apaga quem já foi. Porque é aí que está a sua base, sua estrutura, guardadas nas lembranças que o tempo tratou de cuidar.

Guardados na caixa, empoeirados, mas ainda assim, essenciais.

Você sente falta de quem foi, mas se tornou adulto, e no final das contas a vida tomou seu rumo, e o ciclo natural se completou. É hora de responder pelos seus atos, gritar quando for preciso, e tomar suas próprias decisões.

Play Game.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

[...]

Tem dias que eu acordo para entender.
Tem dias que eu acordo para desaprender.

Dias em que acordo para desorganizar, banalizar e provocar o caos.
Dias em que acordo para eternizar, conceituar, e promover o amor.

O sol levanta forte, meu sorriso logo brota, meus olhos observam e absorvem os detalhes, enquanto o meu todo promove sintonia e graça.
Se deita leve, meu sorriso logo broxa, meus olhos transbordam, enquanto o meu todo despromove e sofre, bobo e sem jeito nenhum.

Tem dias que eu só faço sorrir.
Tem dias que eu preciso sumir.

Existe dia para tudo, para provocar, ser provocado, para amar e ser amado.
Dia para julgar e dia para entender. Dia para cantar e dia para encenar.
Dia para negar e dia pra aceitar. Dia de tantos dias para não ser dia.

Há muitos dias.

Mas é só isso que nos resta, saber que há muitos deles.
Até quando?
Até onde?

Existe uma quantidade invisível e imprevisivel de quanto tempos viveremos.
Existem múltiplas oportunidades de um fonte infinita.
Mas o criador não mandou o medidor junto, e só nos resta tatear no escuro, tendo noção que no final das contas o ultimo dia será vivido sem perceber.

Existe dia para tudo,
Para sofrer, sorrir, beber, esquecer, aprender, entender, viver.

Até quando?
Já não sei...


[...]

ideia.

Eu queria poder perder a noção.
Me desapegar e desativar qualquer nível de consciência.
Queria ser porra louca e não ter interesse nas coisas ao meu redor.

Só assim eu poderia falar coisas e não ter necessidade do martírio, da sensação do desorganizado porque uma vez você agiu errado. Assim, quem sabe, eu perderia de uma vez por toda essa necessidade de agir e ser perfeito.

Esquecendo-me, quem sabe um dia assim, de leve, eu pudesse não perceber que existem as consequências. Poderia desconhecer, cegar e no final das contas me jogar, sabendo que o erro é banal, e que errar faz parte.

Saber que depois eu iria sorrir, porque no final das contas o que vale é a tentativa.
E após a tempestade e de qualquer fenômeno que poderia provocar, eu iria entender e esquecer.

Eu queria.
Eu idealizo.
[Não realizo.]

Me ajuda a esquecer?
desaprender e então, reaprender a ser.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Escrevendo.

Eu preciso escrever.
É para isso que existo, é para isso que respiro.

Preciso escrever porque meus pensamentos são como um desastre natural, embaralhando todos os pontos da imagem e fazendo desorganizar o organizado quase sempre tão padrão.
Preciso escrever porque tenho a necessidade de jogar tudo isso em um grande quadro, para analisar e entender, para alimentar essa insegurança que se aloja em mim.

Escrevo porque gosto do estrago, e tomo todas as vezes o veneno de não viver sem saber.
Escrevo porque sou viciado, e tomo todos os dias a minha dose de palavras. Fazendo crescer cada vez mais a minha sede de controle, daquilo que sem escrever fica cego, desconhecido.
Sou um dependente e tenho consciência disso, consciência de que escrever só me leva a conceituar tudo e todos, e que esse hábito aparentemente doentio só serve para minar um lado meu que deveria ficar no esquecimento.

Mas é que, escrever é vida, é flor.
E sem escrever eu jamais respiraria tranquilo, sabendo que deixei pra trás um dom tão bonito.
Escrevo pela honra, pelo sentimento de cuidado por aquilo que é tão sagrado.

Escrever é também aprender a manusear as palavras, e entender a força das mesmas.
Palavra tem mágica, e você se enganaria muito, caso não acreditasse nisso.
Nós, "escritores", somos mágicos nesse mundo tão cético e tão frio. E se nesse mundo de cinza, eu fui agraciado com uma ponta de cor, me transformo e tomo até o ultimo gole, fazendo desse dom, na minha vida, multicolor.

Deus me fez criativo, e me mostrou aonde usar tal dom.
Continuo escrevendo por respeito a Deus, aos teus.

- Garçom, por favor, mais uma dose do meu bom dom! -

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Para não entender.

Sou romântico demais.
Sou sonhador demais.

E estou cansado de esconder nas minhas palavras o sentindo real do que elas querem dizer.
Estou cansado de esconder no vento aquilo que já deveria ter sido fato, e ato.

O destino me forçou a ser um mentiroso.
Estou me escondendo dia após o outro, por que resolveram não me consultar.
E se alguém quer saber, estou cansado... Cansado de forçar um sorriso tão hipócrita.

Vocês não entendem como funciona a vida desse lado,
E vivem aí, me forçando a fazer tantas coisas porque eu não sou igual.

Estou cansado, acredite.

Só preciso sorrir sem compromisso,
Olhar sem receio, abraçar sem maldade,
E existir sem planejamento.

Eu preciso existir sem perceber ~

vento, tento.

Depois de certo tempo a gente olha à nossa volta e se dá conta de que fomos englobados por esse sistema que tanto criticamos. Respiramos, inspiramos, e por fim aceitamos o fato.

Sorrimos,
Acenamos,
E escondemos os nossos sentimentos quando não parecem convenientes.

É que não é adequado agir de tal forma. Por isso é que ficamos calados diante de situações que seriam cruciais no desenvolvimento de nossas vidas.

Recuamos, Abaixamos as nossas cabeças, e por fim deixamos passar com o vento.

vazio.

Assim o tempo vai tomando seu rumo, e as palavras que todos os dias fazem as minhas ideias vão se acumulando no fundo da sala vazia.

A sala está vazia...

Você ainda não entendeu?
Alguém aqui ainda não entendeu?

Cá estou eu, depois de tanta espera, depois de tanto esforço.
Cá estou eu, com tantas conquistas, com tanto orgulho, e com tanta felicidade.
Cá estou, erguendo no ar os meus sorrisos mais sinceros.

Mas e daí?
Não há a pessoa certa para dividir.

E é tão sem graça...
É tão sem sal...

Voltar no final do dia e sorrir sozinho num quarto escuro, e vazio. ~

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

um grito.

Não há motivos para se envergonhar.
Eu tenho todos os motivos do mundo para sorrir e erguer a minha cabeça o mais alto que puder.

Não há motivos para se envergonhar, não é?
Eu tenho motivos para sorrir e sonhar.

É que a vida lá fora está procurando uma fraqueza para que possa me atingir,
está esperando que minha fortaleza fraqueje uma vez que for, basta uma vez,
para me destruir por um todo. assim, feito pó.

Só que vocês aí fora não sabem o quanto eu venci, e o quanto eu já lutei.
Eu não sou um novo guerreiro, e não estou aprendendo a lutar.
Eu simplesmente sei, e vocês não podem combater isso.
Vocês não podem me destruir.

Não importa que tempo seja, eu saberei lutar com qualquer um que seja.
Eu saberei tirá-lo do meu caminho caso seja preciso, e saberei destrui-lo caso você ouse tocar em qualquer parte do meu precioso legado.

Eu não sou o vilão, mas aprendi que para proteger o que amo é preciso muito mais garra do que para fazer maldade. Eu não sou vilão, mas também nunca disse que era santo.

Você sabe os limites, entende as barreiras.
Eu lhe explico até onde você pode ir, e você sabe até onde pode ir.

Depois disso, é tudo por sua conta.
E eu... eu já terei lhe avisado.

Não, eu não vou abaixar a cabeça.
Minha fortaleza se tornou imbatível, desde quando abriram meu peito para arranhar meu coração.

Sabe, hoje talvez ele esteja com defeito.
[ em partes ] ~.

domingo, 11 de outubro de 2009

Sobre nada.

Repousei os dedos aqui porque estou com uma vontade inexplicável de escrever.
Às vezes eu tenho isso, mas quase nunca consigo produzir algo que faça muito sentido.

Talvez seja a vontade de visualizar aquilo que está fazendo mal, de ter uma noção geral e poder estar no controle daquilo que aflinge.
Certo... E quando o que vos/nos aflinge é invisível e inexplicável? desconhecido e definitivamente misterioso?

É aí que eu sento aqui, olho pra tela e me pergunto "sobre o quê irei escrever? [...]
Alguns minutos, muitos suspiros, poucas idéias, e um teclado que não emite som algum.
No player a banda favorita, as musicas mais lindas, e muita inspiração.

Invejo esse compositor por alguns minutos e chego a seguinte conclusão "é melhor desistir."

Não por hoje...
Mas já que não há explicação, então deixe-me calado.

"Durma medo meu."


Ficarei aqui, quietinho, prometo.

sábado, 10 de outubro de 2009

depois da tempestade, a calmaria. ~

Eu acreditei e deixei que o vento fizesse sua parte.
Mas estou confuso, entende?

Porque mesmo depois de aceitar eu não consigo mais voltar ao ponto que paramos?
Eu não consigo me fazer ver tudo do mesmo jeito.
Nada é do mesmo jeito.

E agora tudo vai mudando e se esvaindo entre meus dedos,
fluindo para outro lugar, muito mais rápido do que antes foi,
muito mais inevitavel do que qualquer conceito pôde descrever.

Existe uma distancia cada vez maior, e aqui dentro de mim tudo vai ficando gelado.
Acabou mesmo, não é?
Acho que dessa vez foi pra valer.

E é assim que sabemos que algo teve seu fim decretado,
quando nada decreta, nenhuma ideia descreve, nenhuma palavra formata.
Está acabando porque é do tempo, acabando porque a essência secou.

É verdade, não tratamos bem o coração.
Mas e agora, e o amanhã, cadê?

Deixa seguir sereno, acho que é o fim. ~

"Nem choro mais, só levo a saudade, morena. É tudo que vale a pena."

Para entender. ~

Sabe... Eu não tenho, e nem posso ter vergonha do que sou.
Não é que seja uma questão de escolha, é que eu estou destinado a não ter.
Porque no final das contas, apesar de todos os pesares, das palavras, dos olhares, de todas as promessas ou de tudo mais... Eu só tenho a mim.

Só tenho a mim para dizer palavras bonitas,
para escolher entre bem e o mal,
para escolher as razões para sorrir,
para escolher os momentos que irei viver.

E no final das contas só eu irei saber onde dói e onde sofre. Só eu saberei onde faz mal, ou onde faz bem.
E é pensando assim, que mesmo sendo deixado na mão tantas vezes, mesmo tropeçando por não ter em quem segurar, mesmo depois de tudo isso, eu não baixo a cabeça.

Parece um fardo grande demais, parece que as vezes vai apertar tanto que eu não vou nem conseguir respirar. E é sufocante, porque no final das contas, nada evolui, nada muda. Esse filme fica sempre voltando, e voltando, e eu sendo um telespectador sem escolha.
De certa forma é revoltante, quando depois de tantos anos eu olho, e ainda tenho que ver a negação das pessoas. Porque elas não entendem, não é?

Não entendem que a dor eu tratei,
que o sofrimento eu senti,
que o pranto eu vivi,
que as ofensas eu ouvi,
e que no final das contas eu nada fiz para ter que aceitar tudo isso.

Eles não entendem, não é?
E é por isso que depois de tanto tempo, depois de tanta luta, eu ainda tenho que acordar e me falar até que o pensamento se cale. "Você é um bom homem."

É, eu sou. Mas é que às vezes é difícil demais acreditar nisso, já que me dizem, e me julgam todos os dias, me fazendo acreditar que eu fiz mesmo algo de errado.

Errado por nascer?
Errado por viver?

~

Não, eu não vou entrar nessa paranóia.
Vocês vão precisar de muito mais.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Hoje eu senti saudades de você.


"A pior parte do luto é que no momento em que você acha que o superou, começa tudo de novo.
E sempre, toda vez, ele tira o seu fôlego."


~

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

~

Eu não tenho um nexo.
É, não tenho...

Eu não faço o mínimo sentido, e demorei tanto tempo para chegar a essa conclusão.
Procurando por aí explicação para tudo, e entendendo cada vez mais lento as histórias que nem precisavam ser entendidas.

É que eu nem tinha percebido, que no final das contas, certas coisas não precisam se entendidas e explicadas. É que como eu, algumas coisas no mundo só precisam existir, e não existe explicação ou estudo para entender. Essas são as mais magnificas iguarias do destino, que existem apenas por existir, e vão condizer com a interpretação daqueles que se atrevem.

Existem apenas por ser fato, e não existe uma explicação plausivel para fazer-se entender.

Não são (somos) como a matemática, e nem podem (os) ser decorados.
Não pode não poder, já que não existe nexo nem fundamento.

Eu não tenho nexo, nem faço o mínimo sentido...
Sou a imagem daquilo que sua cabeça se atreve a projetar,
dependo da sua intepretação, e me camuflo nas ideias de um ideal.

E depois de tanto tempo eu cheguei a essa conclusão, e parei de procurar lá fora muitas explicações e fatos. Eu estou indo porque estou indo, e volto se for vontade, na hora que for oportunidade.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Bom dia!

"Bom dia!" ... Foi o que eu disse hoje quando levantei.
Eu acreditei no bom dia, mesmo ele me fazendo desacreditar.

Sabe o que é o melhor de tudo isso?
É saber que eu respiro e meu peito tá leve. É saber que não importa o turbilhão que se passa dentro de mim, que não importa os sentimentos que alteram meu humor, que não importa absolutamente nada, eu estou bem. E eu tenho consciência disso em qualquer momento que seja, e é por isso que não importa a dor que esteja me corroendo por dentro, eu sorrio, eu brinco, porque eu aprendi a estar feliz, porque eu aprendi a celebrar tudo aquilo que é bonito.

Se esse dia veio me dando tantos outros sinais de que era melhor ficar em casa e se esconder, eu levantei minha voz pra avisar que eu não ia ser assim. Estou me impondo, porque não há nada que mude aquilo que hoje é meu. Eu penei para chegar aqui, e se você quer saber, nada vai ser o suficiente para me tirar desse mesmo lugar.

O dia vai ser maravilhoso por algum motivo, e não importa o problema, sei que no final das contas eu vou sorrir e dizer "é hora de se resolver."

Estou resolvendo, e não tenho mais medo. Seja você homem ou mulher, seja você monstro ou perfeição.

Sou o guerreiro mais forte desse exército, meu bem.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Para todos os efeitos, para todos os homens.

Me diz... O que vai ser de mim no final das contas?
Quando souber que toda essa confusão se foi...

Me diz, Deus!
Me diz quem vai me defender quando medo eu tiver, me diz quem vai me abraçar e me dizer que as coisas vão ter um rumo certo.

Estou bambo nessa corda que fica cada vez mais firme, me segurando nas decisões, mantendo minha mente no futuro.

E sabe o que é o pior de tudo isso? Saber que no final das contas você não estará aqui. Assim como nunca esteve. Sinto sua falta sem nem ao menos te sentir, sinto pelas coisas que não existem, sinto por coisas que já deveriam ter sumido no ar feito fumaça.

Eu ainda te sinto como ontem,
e não esqueço de forma alguma o seu cheiro,
o seu toque,
o seu olhar.

Será que você nem ao menos pensou? Será que em nenhum momento isso pode ter sido um par?
Você me faz tanta falta, como se tivesse arrancado um pedaço disso e levado pra casa, naquele dia que decretou de vez o destino desse coração bandido.

Destino esse que não revelou, mas deu-se para descobrir, e iludir a mente daquele que disso tudo sofreu.

É que eu fecho os olhos quando a noite chega, e me encolho nessa cama que parece tão fria. Só me resta acreditar, e me agarrar aos retalhos daquilo que novo foi me dado.

Só restaram os pedaços... só os pedaços.

[~]

E a você? que se dizia tão fiel?
Só digo que não há perdão naquilo que muito me afetou,você entrou aqui e estragou as coisas que eu penei em cultivar. Te dei a chave para o mundo que existe aqui dentro, e você foi leviano com aquilo que pra mim era mais frágil do que porcelana.
Me ceguei, porque acreditei então que já tinha encontrado a confiança, e você alimentou seu ego destruindo o meu frágil momento, alimentando-se de arrogância, e inchando feito balão.

Se acha que não há culpa, então ignora totalmente a existência do que já fui.

Não há beleza nesse mundo que você cultivou. Porque não há graça longe daquilo que lhe agrada,
e se já não te é de graça, então falta o respeito, porque pra você não há mais lei.

Eu te dei a chave do meu infinito, e você me escancarou para o mundo, para os inimigos.
Você foi o pior de todos eles, quando colocou na boca imunda do povo, a imagem daquilo que eu não era, e não podia defender.

Se procura culpa, sirva-se, já que não há mais motivos para negar.

Talvez só você tenha perdido o verdadeiro amigo. [~]

Eu falei sério quando usei o amor para ti, mas você subverteu as coisas, e fez de mim o vilão para quem quisesse ouvir.

Se isso não lhe ofende a consciência, então tenha um misero orgulho que seja, e saiba que no final das contas você apunhalou um homem ferido e fraco.

Grande vitória, ein?
Grande homem.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Não sei.

Faltam exatamente 9 dias hoje para os meus 18 anos.
Isso tá me fazendo repensar, refletir, fazer cálculos, imaginar coisas e por fim não chegar a lugar algum.

O tempo tá passando, e as minhas decisões são cada vez mais cruciais,
tudo em minha vida gira em torno do que eu estou pensando em fazer.

A verdade é que no final das contas eu fico guardando isso, esperando que o dia 19 chegue com novos conceitos, novas ideias... e lá no fundo mesmo eu sei que não será assim, sei que essas expectativas só estão alimentando algo que vai cair e se destroçar em pedaços.

Ando tão dependente do meu coração que até parece patético, mas eu gosto disso, sabe?
Gosto de sentir, de depender do coração, de me machucar e ser humano mais uma vez.
Sei como é estar frio, como é estar oco, e isso é pior do que todas as dores que o coração pode causar, e afirmo com certeza, como quem sabe porque viveu.

Ultimamente eu tenho sentado frequentemente sozinho, porque tenho necessidade de refletir sobre muitas outras coisas. Tenho rido dos meus problemas e chorado das minhas incertezas, tenho debochado de algumas coisas que parecem patéticas, e tenho me calado para as coisas que parecem importantes demais.

É que no final das contas tudo isso é levado muito a sério, mesmo parecendo medíocre, mesmo parecendo piada.

Eu queria poder ironizar algumas coisas e apenas esquecer... queria (ou não.).
É um fardo difícil ,devo admitir, mas é que talvez valha a pena entende?
Mesmo que isso custe minha integridade mental ou física, mesmo que isso custe minha serenidade... Estou enlouquecendo porque há esperança demais sendo alimentada, esperança triste, utopia. Enlouquecendo porque há decisões demais a serem tomadas, e sei que boa parte delas vão ser tomadas de forma errada.

Estou carregando muita coisa, recebendo muita informação... mas é que é uma droga.
Estou viciado, e nem um pouco pronto para largar tudo isso e encarar a realidade da calmaria que vem em seguida.

Não quero largar o balanço, e vê depois que ele não se mexe sozinho, não quero ver que o tempo todo fui eu que impulsionei tudo.

Eu não quero largar, não agora....

Prefiro continuar o balanço, mesmo que ele seja feito só por mim. Deixa eu acreditar, deixa eu rir.

Eu sei, e entendo que é uma luta perdida já. Sei que estou me movimentando e afundando, sei que não adianta nada, e sei que seria mais inteligente deixar que o resgate tratasse de mim.

Mas não dá!
Eu não sou inteligente, e não estou pronto.

Eu sei que não tenho direito de pedir isso, mas é que estou com medo.
Muito medo!
Eu não quero me ver depois de tudo isso, não quero me ver na rua vendo os carros passarem, vendo as pessoas andarem, eu não quero ver que depois de tudo isso eu estarei sozinho mais uma vez, não quero me deixar acreditar que depois de tudo irei entender e aceitar, eu não quero.

Fico aqui me segurando com todas as forças a esse sonho, porque sei que no final das contas vou estar carrancudo mais uma vez, entendendo como as coisas funcionam. Porque sei que no final das contas eu vou ter perdido um pouquinho do encanto que consegui recuperar.

Não posso largar essa migalha, eu simplesmente não estou pronto.

Será que você pode me entender?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"Tantas decepções eu já vivi,
Aquela foi de longe a mais cruel.
Um silêncio profundo e declarei:
"Só não desonre o meu nome".

Você que nem me ouve até o fim,
Injustamente julga por prazer.
Cuidado quando for falar de mim,
E não desonre o meu nome.

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?

...

Perceba que não tem como saber,
São só os seus palpites na sua mão.
Sou mais do que o seu olho pode ver,
Então não desonre o meu nome.

Não importa se eu não sou o que você quer,
Não é minha culpa a sua projeção.
Aceito a apatia, se vier,
Mas não desonre o meu nome.

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?"

...


Letra besta... Mas hoje diz tanto.

terça-feira, 1 de setembro de 2009


~

Um grito.

E é por isso que eu vou oscilando entre o sonho e a solidão.
Vagando entre a sombra e a vontade.

Largue-me esperança!
Sei que nada acontecerá... Só lhe falta entender.

Larga-me esperança!
Entre o sonho e a vontade, entre a sombra e a solidão.
Eu já entendi... O amor não encontrou nenhum lugar.

Fico nessa mar, sozinho, a remar.

Eu, e eu.

domingo, 30 de agosto de 2009

Pensando...

Hoje eu acordei com vontade de chorar, não por um motivo certo, ou qualquer coisa que
valha o pranto. Acordei com vontade de chorar porque me senti exaurido, acabado.

Acordei e olhei para o teto, fazendo meus pensamentos vagarem pelo interior do quarto, serpenteando no ar feito fumaça. Fiquei alí durante algum tempo, me dando conta de que eu não ando realizando muito, e que isso se dá não só por mim, mas por tudo que está ao meu redor.

Fico aqui pensando, e conversando comigo mesmo... Me dando conta das centenas de vezes que eu não pude fazer nada, porque não era moral, não era correto. Porque não fiz com medo das consequências, porque não fiz por medo das reações. Não fiz porque nesse mundo dá medo, porque aqui poderia ser ofensa, poderia ser baixo. Não fiz por medo de passar a imagem daquilo que não sou, e não me arrisquei, porque tive que respeitar as regras e os conceitos.

Esqueci das possibilidades, e preferi esconder aquilo que muito senti.

Mas pra quê?
Se no final das contas terminou tudo dando errado da mesma forma...
Essa indignação se aloja aqui, mas nada mudará, eu sei.

Amanhã vai ser tudo igual, e eu não farei mais uma vez, por medo das consequências e das possibilidades.
No mundo eu estou em desvantagem, mas é que às vezes a revolta é inevitável.

Eu queria ter coragem para perder a noção,
perder o bom senso,
perder a razão.

Mas é que isso tá em mim, impresso pelo tempo.

Eu pergunto "Deus, até onde isso vai me atormentar?"
Mas a resposta ainda é vazia, como os pensamentos soltos pelo quarto.

Ando tão confuso...
Sei que de alguma forma é hora de mudar, e alterar tudo isso que me faz não andar.
Procuro entender, procuro mudar... Sei só que no final eu precisarei vencer, antes que perca para o jogo da vida, mais uma vez.

No final eu levanto, e esqueço na cama aquilo que me atormenta.
O dia começou, é hora de sorrir.


~
Dai-me forças, Pai!
Para apostar no que é incerto...
Dai-me forças para arriscar, para esquecer da razão, para entender todos os sinais.

Dai-me forças, Pai!

sábado, 29 de agosto de 2009

Nem tempo, nem medo. ~

É que de certa forma eu já sabia que isso ia acontecer, veio com aviso prévio.
Mas o que direi?

Que tudo que fiz foi por amor?
Sim, foi...
Fiz por amor a vida, por amor ao amor, por amor as necessidades, e por amor a tudo aquilo que feliz me fez.

Fiz pela necessidade de sorrir, pela prioridade em sentir, pela única e simples razão de não ter razão.
Acobertei os fracos, encorajei os potenciais, extrapolei nas novidades, provei do bom (e do ruim), sorri para os inimigos, abracei todos os bons amigos.

Se me arrependo?
Sim... Não mentirei.

Me arrependo de não ter chorado mais, de não ter dado o meu show quando me foi conveniente, de ter calado o pranto porque quis ser forte, de ter engolido quieto e sozinho, enquanto o mundo desabava nas minhas costas. Me arrependo de não ter respondido, não ter brigado, e não ter revidado tudo àquilo que fizeram para me marcar. Me arrependo de não ter aproveitado, ter olhado, e apenas deixado passar, porque acreditei de forma inocente, que amanhã haveria uma nova oportunidade.

Me arrependo sim, porque como todo mundo, deixei passar entres os meus dedos aquilo que mais sagrado é, o tempo. E leviano fui, esquecendo que cada segundo de tudo isso era vital, era sagrado.

Porque no peito ainda floresce a sensação de insatisfação. Quero o meu amor, quero o meu barco ancorado nesse cás, quero sorrir porque bobo fiquei, pelo amor, pelo doce que é ter.

Sentirei não só falta daquilo que muito tive, mas falta daquilo que também faltou.
Sentirei saudades, para desbancar o conceito de que saudades é a falta daquilo que se teve.
Eu sentirei saudades daquilo que não pude ter, porque por ambição ou não, eu sei que tudo isso vai ficar pra trás...

Eu vou voltar, e olhar de longe aquilo que fiz.
Sorrirei então, feliz pelo o que construí,
e apagarei o sorriso, quando for para entender que nem tudo é para se ter.


Aceito a condição ~

domingo, 23 de agosto de 2009

~

Escrevi e apaguei. O que queria dizer afogarei no travesseiro.
Depois disso, cairei no sono, me culpando por um homicídio culposo.


Boa noite.
A arte e a vida.~

Uma canção.

Hoje eu olho e só, não questiono e nem procuro saber.
Cansado fiquei, das lutas, das batalhas, e dos desencontros que enfrentei.
Aprendi que utopia é coisa que fica na nossa cabeça, e que a palavra é bonita, porém, infeliz.

Meu pai em muito faz questão de me dizer que avisou,
mas eu digo "pai, são as coisas da vida. Eu aprendi.".

Querendo entender, me digo sempre que valeu a pena, mesmo apesar de algumas vezes falar (de forma leviana) que foi tudo um sonho fraco, onde amargurei quase tudo que um dia planejei.
Esse são os dias difíceis de encarar, mas faz parte da vida, acreditar e desacreditar, viver e sofrer.

Já faz algum tempo desde que olhei e vi tudo com bons olhos,
e é difícil aceitar o fato de que tudo perdeu a pureza que tinha.
Mas procurando entender, tiro de lado aquilo é positivo, porque não foi em vão,
já que hoje eu sei entender, e sei sem ter que perguntar.

A vida me marcou, e eu já faço parte de outra remessa.
Pra quem ta chegando, seja bem vindo.
Pra quem já passou, esperem por mim.

A vida é um canto de desencontros, levianos, imprevisíveis.
Mas é no desencontro que eu encontro.
Nem que seja na marra, até o final, eu irei encontrar aquilo que muito quero, e que muito vou merecer.


Canto, encanto, encontro.
Por mim, e mais ninguém. ~

sábado, 22 de agosto de 2009

Fé.

Estou com a sensação de que é preciso esperar,
mesmo desacreditando, mesmo desanimando.
Confiarei em Deus, e me jogarei neste mar de riscos,
onde alimentar o sentir é setenciar-se a sofrer.

Já que não é para esquecer,
que venha a esperança sofrida.
Acredita e escuta,
Deus está dizendo o meu nome.

Eu vou ouvir, vou seguir.
e ir aonde o vento for~

e perde a glória de sonhar. ~

Não existe uma vez sequer que eu não olhe para o lado e não te imagine por um inteiro aqui por perto.
Imagino todas as vezes que você sorriria para mim, assim como também sonho quando a noite cai, que dirá todas as palavras que eu mais queria ouvir.

Imagino o toque suave de tuas mãos, e seu olhar atento. Imagino o seu abraço forte, e o cheiro inebriante de seu corpo.

Me pego preso durante horas, porque a única coisa que mexe meus instintos é o pensamento de que você existe, e a única barreira entre nós é a incapacidade que existe em mim.
É a incapacidade que o mundo me impôs, fazendo assim que caia as lágrimas, que role o pranto, que grite e rasgue, mas que fique assim, feito uma criança que não ganha o que quer.

Porque meu olhar está solto nas ruas, procurando por um sinal seu.
Esperando pela porta o seu sorriso leve, que contagia sem saber, e fala sem dizer.

Esperaria um dia, que o sonho que tive numa noite quente, viesse assim como quem nada quer, para concretizar aquilo que na mente insiste em ficar.

Você me faz falta, e eu não te faço nada.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bom dia~

Um dia você acorda e percebe que tudo mudou.
Que as rosas está manhã florescerão de forma irresponsável e que os zunidos sem ritmo permanecerão aqui, de tantas formas que já vai ser inevitável não estar.

O brilho se foi, assim como as coisas magnificas que o mundo anda guardando para ti.
Você anda por aí, piscando os olhos, e acreditando que a cada segundo que for, servirá para completar a carga horário para àquilo que precisas demais.

Você sabe lá no fundo que isso não existe, e que não importa o sacrifício que você venha a executar, o mundo não ganhou piedade, e você não ganhou nenhum bônus.

Não há ventania para te trazer, não há acasos para encontrar.

Só existe a rotina,
Casa
Passa
Leve
Tome
Entregue
Esqueça
Veja
Tudo
Aquilo
Que
Mandado
É.

Não há brilho. Mas mesmo assim, apesar de todos os pesares, você encontra em meio a essa imensidão, tudo aquilo que um dia procurou. Porque não existe piedade, e nem sacrifício, existe a vida que existe para viver.

E mesmo assim, felizes somos, encontrados naquilo que aprendemos a amar.

És amor, amor. ~

terça-feira, 18 de agosto de 2009

sentir por não existir.

Olho pela janela para te ver.
Procuro na multidão aquilo que preciso enxergar.
Procuro em meio a essa perdição, aquilo que um dia vou precisar.

Um rastro,
Um caso,
Um olhar.

Não entendo, e repasso tantas vezes que já canso.
E não rimo com canto, porque no meu canto só há penar.
Penei, chorei, vivi, senti e amei. Sinto-te mas não te vejo.

És mais real que o pó, mais real que o ar.
Irredutível para mim, irreconhecível para os demais.

Você já está aí, e meu olhar atento hoje te procura.
Até que descubra, por fim... Quem és, o que queres, e para onde vamos.

Vem comigo?

Grito para o vento, que é pra você ouvir. ~

Vou chorar no teu ombro, porque sei mais do que ninguém o quanto doeu esperar-te com paciência e força. Porque doeu estar sempre incerto. Porque doeu estar sempre inquieto.

E por isso te procurarei, porque você não será apenas um luxo, um complemento, um amor.
Será parte vital, de mim, da minha vida. A eternidade e os sonhos, a mente e os planos.

Não esquecerei enquanto vida, que sua alma encontrou a minha, e que junto nós somos incapazes de sofrer, e que juntos somos capaz de vencer (tudo,todos.).

Serás um marco, e me darei conta por fim, que durante todo esse tempo eu não apenas sonhei, mas também idealizei aquilo que pra mim, será o necessário para viver.

Você~
[Um dia, quem sabe...]
"Où l'amour sera roi
l'amour sera loi."

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

não faz mais parte.

Você não faz mais parte.
Perdeu sua oportunidade quando resolveu tripudiar naquilo que um dia sofri.
Perdeu seu mundo quando deixou de lado o amor, e apostou na vingança que essa sua cabeça medíocre criou.

Você não é mais nada,
Apenas mais uma peça desse meu jogo inteiro.
Me desliguei daquilo que um dia você foi, e aprendi mais uma vez a sair por cima.

Tomei de volta o lugar que por direito pertence a mim, e você...
Você voltou a ser o bobo da corte, que de nada vale, e que nada é.
Contenha-se a conquistar o riso, pois o pranto está de volta,
E você é de uma vez por todas, irrelevante.

Aprenda que não importa onde, ou quando, um rei é sempre rei.
E um bobo é sempre bobo.

Eu estou de volta! E você já não faz mais parte.

eco~

Nada muda você.
Rumores, histórias, mentiras, verdades...
Nada muda você.

Minha cabeça ainda continua repassando aquela cena mais e mais vezes, me mostrando que em algum momento eu estive certo, eu estive.
Sinto sua falta, mesmo antes de começar a senti-la.
Faz-me falta, porque sei ainda mais, que não aproveitei o tempo que me foi determinado.

Só agora eu sei o tempo que deixei pra trás.
Você nem se quer foi alguém de verdade, e tudo parece mais platônico do que antes.
Mas é que eu não consigo mudar isso, eu estou uma bagunça, e é tudo a sua culpa.

Sinto sua falta, mesmo agora, mesmo sempre.
Eu queria lhe escrever.
Colocar você no papel, com esse mesmo acesso.
Com essa facilidade, e com tudo mais.

Queria apenas levar cinco minutos que fosse para você já estivesse pronto e aqui, esperando que eu lê-se cada parte de ti.
E se caso fosse possível, eu iria reler-te tantas vezes que perderia a conta, leria apenas para sentir que você ainda estava aqui, comigo, aqui.
E bastava estar, nada mais, eu dormiria melhor sabendo que você não é apenas uma incerteza na minha cabeça.

Sabe... É o que me mata. Incerteza. Nada disso aconteceria se eu soubesse que não foi, se eu tivesse absoluta certeza de que tudo isso faz parte de um sonho meu, e só meu. Se eu soubesse que em nenhum momento foi verdade, se eu soubesse talvez eu já tivesse deixado pra trás.

Mas não, minha mente não descansa e meus olhos não esquecem.
Meu corpo não me dá uma trégua que seja, e grita querendo me rasgar inteiramente.
Minha razão me diz pra esquecer, e meu instinto me diz para esperar.

Por que essa certeza? Se tudo que me rege é incerto?
Você é um caso certo para mim, mas nada em você me diz que isso é assim.
Eu não entendo, é tudo uma bagunça total.
Você é incerteza, mas tudo em mim me dá certeza que estarei certo no final das contas.

Por quê?

Meu corpo às vezes é mais inteligente do eu mesmo, mas é que minha mente não me deixa confiar piamente nele. É uma guerra constante, e quando a trégua acaba eu sinto cada parte de mim se dividindo, esticar-se e é como se eu estivesse sendo retalhado a cada minuto, segundo que for.

Em quem eu devo acreditar nesse momento?
Meu corpo, minha mente, ou apenas em você?
Quem é você?

Uma imagem turva daquilo que poderia ter sido perfeito.
Uma imagem plena daquilo que eu deixei passar.

O tempo brinca comigo, e eu ainda nem aprendi a jogar.

ao vento.

Acordei distante de mim mesmo, e já se foram os tempos em que eu perdia minha cabeça e meus sapatos.
Agora sou mais maduro que ontem, e menos experiente que amanhã. Faz-se valer, quando em plenitude diz, que a vida é um jogo de muitas cartas.

Puxe a próxima...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Eu estou assustado. E nessa noite, nesses dias, eu só queria alguém que me abraçasse e existisse por mim.
A gente pinta um discurso de que “não sente falta”, mas a verdade é que uma hora a gente fraqueja, e é nessas horas que você se dá conta do quão é ruim não ser enxergado por aqueles que deveriam segurar suas pernas e te ensinar a andar.

Eu estou com medo, e preciso de um abraço, de um sorriso, e de alguém que me entenda, uma única vez.
Só eu sei o quanto é ruim estar alheio a tudo, rodeado de pessoas que amam o meu “eu” exterior, e não podem de forma alguma entender quem realmente sou.

Eu estou com medo, e nada mais.

domingo, 5 de julho de 2009

[...]



Toda a imensidão que se aloja lá fora grita meu nome, posso ouvir o barulho do vento que bate em minha porta, zunindo em desespero por minha presença. Encantando todo o ambiente, que para a minha aflição, não descansa, não dá trégua, e continua conturbando tudo aquilo que deveria estar apenas quieto, impedindo que aconteça naturalmente, impedindo que eu permaneça no meu ciclo.

Lá fora o mundo grita, e todos os fantasmas da minha mente pressionam-se contra o portão, provocando um estardalhaço tamanho que não se pode raciocinar. Eu não posso ouvir os meus pensamentos, e pressiono os meus dedos por instinto, pois já é do meu ser, e por isso que não descanso, eu canto.

Mais uma batida, mais um leve exaltar cansado do meu corpo, que por muito tempo se mostrou surpreso, mas por agora já não se surpreende, porque já está farto de uma situação inadequada para o seu bom senso. Meu corpo está cansado, meus dedos não param, não param.

Já se tornou uma breve rotina, e o vazio do ambiente faz entender nas entrelinhas que mesmo que insistente, enfadonho e inconveniente, nada vai parar. Entorpecido pela situação, eu me tento a olhar brevemente para algo que esteja mais longe do que as minhas próprias mãos, passando rapidamente os meus olhos pela sala, pelo quarto, pela imensidão do âmbito noturno. Eu estou enlouquecendo, e posso sentir cada parte da minha sobriedade indo embora, esvaindo-se do meu corpo feito água, feito ar.

Não tenho mais forças para evitar, na verdade, eu joguei a toalha e estou apenas esperando que aconteça. Porque não é apenas o fato de existir, eles querem que eu perca a linha. Projetando-me em um plano longe do racional – aonde jamais irei existirei -, que por ventura não me agrada.

Mais uma batida lá fora, uma batida apenas para acentuar o fato de que estou arrependido de existir neste momento. Eu poderia ter ido, eu poderia ter me colocado para fora, mas, entretanto eu me deixei caí nas armadilhas destes infames. Eu já nem sei por que estou escrevendo, nada faz mais sentido. Um sorriso estampado no rosto, o coração em pura disritmia, o meu corpo entorpecido a lutar, nada mais é racional.

Sinto minha cabeça em 360°, meu corpo já não existe mais, leve feito pena, flutuando sem direção alguma pelo ar desta casa, deste palácio, deste lago obscuro e inabitado (frio feito mármore, frio feito mármore!). É que de repente eu posso tocar tudo, eu tenho tudo, eu sou tudo. E há um homem parado em minha porta, exibindo um sorriso vitorioso, que transborda mistério, o homem de preto, o sorriso impiedoso, quem sou? Onde estou?
Há uma rua, uma metrópole, carros, pessoas, barulho. O quê eu faço aqui? Olho em curiosidade pela rua, vagando ligeiramente, e de repente um grande impulso. Um prédio, o vento, o homem sussurrando em meu ouvido, minhas roupas, meu corpo, minha mente soa confusão.
Eu posso voar, e me jogo do prédio, me vejo cair, indo de encontro ao piso, e mais uma vez tudo muda, um lago, um lago frio e inóspito. Estou dentro dele, envolto pela manta negra e solitária, me deixando levar pela única leve correnteza, eu posso respirar, eu posso falar. EU GRITO! Não ouço, há um homem, um sorriso, e eu não posso me ouvir.

Está escuro, frio, e eu continuo a gritar.
Ninguém pode me ouvir, meus dedos, meus olhos, o homem.

Quem sou eu? Onde estou? Mais um leve impulso.
Eu já deixei de existir.



[...]

sábado, 4 de julho de 2009

De todos os fardos, de todos os encargos. Este sou eu.~

Eu não sei bem o quê eu irei escrever aqui. Para falar a verdade, eu realmente não faço idéia do que escreverei.
Faz algum tempo que acordo simplesmente com a vontade de escrever algo produtivo, de passar os dedos sobre o teclado e sentir que algo está fluindo, que está vivendo fora da minha mente.
Fluindo através do que penso, e tomando forma naquilo que realmente acredito ser interessante.

É o primeiro passo para que as coisas voltem a funcionar, porque agora eu simplesmente posso escrever, sem tantas preocupações com o quê há de ser resolvido dentro e fora de mim.
Porque isso contradiz tudo aquilo que os escritores pregam (ou a parte que conheci), que para produzir é preciso sentir (o que não é mentira), mas no meu caso, estar preso a um monte de sujeira foi o que bloqueou o meu lado produtivo.
Não pensar em outra coisa que não fosse aquilo, me deixou sujeito a viver em um espaço de vazio e objetivo.

Meus dedos perambulam pelo teclado, pedindo uma explicação plausível para essa falta de assunto.
Eu fico aqui me perguntando, quais assuntos poderiam ser abordados então?
Crise política, morte de Michael Jackson, aviões caindo por todos os lados, o fora Sarney...

E é aí que me ocorre uma coisa... "Minha vida anda tão desinteressante assim?”
Acho que não. Ela está se direcionando para o lado mais interessante da vida, onde coisas acontecem diariamente, onde tudo muda em alguns minutos.

Ok, então o quê é que eu tenho para exibir com tanto orgulho?

Eu tenho o amor.
Não que eu esteja namorando, e nada disso (o que é um conceito vazio sobre o amor, afinal, não preciso dá uns “amassos” para estar amando.)
Eu amo porque o amor é algo que está inevitavelmente em tudo aquilo que vivemos. O amor é não só aquele apertar no peito, mas é tudo aquilo que vivemos com intensidade e vontade. Amar é dar-se por inteiro, amar é viver com um sorriso, amar é.

Eu estou amando, porque estou vivendo para as novidades, me jogando sem pensar em todas as novas oportunidades de viver, em todas as coisas que podem me mostrar um mundo novo e brilhante. Eu estou amando porque mais uma vez eu sou aquele que só trás luz para a vida das pessoas, estou amando porque tenho os melhores amigos, estou amando porque eu não estou só.

Eu tenho o amor, e ninguém há de negar.

Apesar de todos os pesares, minha vida continua sendo interessante. E eu estou muito ocupado com ela para ficar por aí sendo sedento por felicidade. Estou feliz, e estar feliz é ocupar-se da sua própria vida. Eu estou feliz!

E sabe o quê mais acontece na minha vida? A própria vida.
A minha vida anda acontecendo, e pode parecer incomum, mas é isso que a maioria das pessoas deixou de fazer. Elas deixaram de acontecer. E não acontecer é sentenciar-se àquilo que jamais irá fluir, e jamais irá sorrir.Minha vida anda acontecendo mais uma vez, porque em um determinado momento eu soube que estava deixando para trás toda aquela luz que batalhei tanto para construir, eu tinha pulado do cometa e estava caindo na imensidão do universo sem ao menos fazer um esforço que fosse, eu estava caindo, estava me deixando levar, e esqueci por alguns instantes como voltar. A grande diferença, é que eu sabia o quê eu estava perdendo, já havia provado o gosto de viver, já havia provado o gosto da sentir e sorrir. E quando você prova uma droga, você vicia, e estar viciado me fez querer voltar. E se foi um cometa que eu perdi, em cometa eu me transformei, e voltei como quem tudo quer para recuperar aquilo que por direito era/é meu.

Eu voltei, de uma vez por todas. E isso que faz minha vida ser mais interessante.
Eu estou de volta, dedilhando todos os detalhes, e mostrando, que por mais que o tempo queira me derrubar, ele jamais irá conseguir. Porque acredite se quiser, mas este sou eu, de volta ao meu trono, de volta ao meu Reinado.

Eu, e Deus. Até o final.


[Eis uma vida interessante.].

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Alô?

Durante toda a nossa vida, nós inevitavelmente nos ligamos a pessoas, mesmo que platonicamente, nós tendemos a nos ligar a alguém, mesmo que apenas um, ainda assim, alguém.
O ser humano desaprendeu o ato de desapegar-se e não apegar-se é inevitável e impossível.

A cultura tratou de definir os níveis de envolvimento, e impossibilitou uma produção mais livre e independente daquilo que chamamos do viver, fato, é que durante o tempo em que estamos por aqui, conhecemos pessoas, nos envolvemos, e nos apegamos. Da família ao namorado, dos amigos aos conhecidos, nós nos apegamos.

O problema é que durante a nossa vida, nós, em alguns casos, não nos apegamos, e como por muitas vezes a balança tende a ser desigual, alguém fica na mão. E assim como fazemos sofrer, nós sofremos, pois somos fãs de carteirinha do clube do cotovelo.
Amigos, namorados (que também são amigos), família, cachorro, todos se incluem, aparecendo assim repentinamente durante os nossos dias, para virar de ponta cabeça aquilo que inicialmente estava tão arrumado e guardado. Pessoas vêm para revirar a nossa organização, e isso já é um discurso perdido, todos nós sabemos, assim como 2+2 =4(creio eu).

Pessoas aparecem, nós inevitavelmente vamos nos apegar, faremos sofrer e sofreremos, somos fãs do clube do cotovelo e meu cachorro já nem gosta mais de mim. Sim! Disso tudo eu já sei... Aonde quero chegar? Bem aí...

Nós passamos pela vida das pessoas, e muitas vezes deixamos marcas que jamais irão sumir, e como seres superiores e egoístas, nós não nos importamos, até porque, nada doeu em mim, foi fácil, indolor, estou feliz e só preciso de uma dose forte da bebida mais cara do bar. É... Mas a verdade é recíproca. De vez em quando a gente esbarra com a peça negra do xadrez, e infelizmente (para nós, os coitadinhos) isso dói, e como todo aspirante a escritor, eu só consigo escrever aquilo que me dói.

Veja bem, meu bem!
As pessoas entram em nossas vidas, e querendo ou não, elas pisam como elefantes em tudo aquilo que organizamos minuciosamente. Estou mentido? Sei que não, foi uma pergunta retórica (até porque ninguém iria responder. Claro!).
Bem como aquela lista ali em cima, não necessariamente nessa ordem, mas incluindo todos esses personagens. E tudo isso só confirma aquilo que eu tanto enrolei para dizer, que a maioria das pessoas entra nas nossas vidas para machucar aquilo que chamamos de percussor de sentimentos (poetas ignorantes, digam “oi!” para o cérebro), o fato é que isso será inevitável, assim como se apegar é um fato triste a ser aceito. A diferença nisso tudo somos nós, que podemos nos classificar em melosos bobalhões, ou recolher aquele resto de dignidade, e se retirar com maestria.

Temos que aceitar, que por mais que seja difícil, algumas relações às vezes acabam, e é assim que tem que ser. Uma amizade foi muito bonita enquanto durou, mas, se a outra pessoa foi embora, isso significa (infelizmente) que você é o único atrasado que ainda acredita nisso. As pessoas vão embora, e jogam tudo aquilo que você disse e sentiu na lata de lixo mais próxima... Parece cruel, não? Mas essa é a vida, ninguém disse que ela é feita de borboletas (nossa que gay! Se você achou, certamente deve repensar seus conceitos.).

O final disso tudo, meu caro amigo! É como classificamo-nos nessa guerra, somos então, cordiais cavalheiros ou sedentos súditos. Faça a sua escolha, e escolha-se por viver no bem, ou no mal.












Bem ou mal? Nossa! Às vezes eu exagero...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Refletindo Inconclusivamente.

É esse silencio que me mata. Antes fizesse barulho, só assim eu estaria ciente de que rumo tomar. O problema é que eu não posso conviver com aquilo que não consigo ver, empurrando cada pedacinho como se fossem feitos de papel, quando na verdade, foram feitos de palavras, histórias, momentos.

Eu me sinto um melodramático, daqueles bem clichês, que pagam com a própria língua nesses momentos, sabe?
Eu me sinto um completo idiota por ter não só me entregado em euforia, mas um idiota completo por ter me deixado cair nesse buraco sem fim, que me fez ter sede de viver, de amar.
É, é isso que me mata. Saber que eu fui o idiota, que se entregou em euforia, e agora tende a se contentar com o silencio constante, que permanece assim, sem fim.

Eu tenho que agradecer, entende?
Deus me agraciou com o dom de sentir mais uma vez, ele me cedeu outra oportunidade, e tirou de dentro de mim esse oco gélido que se apoderou de toda parte do meu corpo. Sabe, eu fui um egoísta só de pedir algo assim, e sou um egoísta muito mais medíocre quando ainda quero pedir mais.

A verdade é que eu preciso aprender dessa vez, a deixar de ser esse “fracote” estúpido e resmungão, eu preciso deixar de ser essa criança fraca, eu preciso deixar de lado, de uma vez por todas, essa fragilidade que cobre todo o meu ser.

Mesmo que essa incerteza continue por mais um tempo, mesmo que fique pulsando dentro de mim, mesmo que tudo isso, eu preciso aprender. Dessa vez sem ser o menino mimado, que pede tudo, que quer tudo, eu tenho que aprender a conviver com o ônus dos meus pedidos, pra que assim, de uma vez por todas, eu possa ser agraciado com o bônus.


É! Eu tenho que aprender.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Onde foi parar o meu silencio?

"Aqui, comigo mesmo, ainda permaneço seguro.
Eu acredito, eu preciso acreditar."

É sentado aqui, que descubro de diversos modos que o silencio se esvai de mim, assim como a água se esvai no rio. É fácil contar quantos barulhos se aglomeram e se unem as paredes, fácil como contar de um a dois, pois não há nada aqui que respeite e cultive o silencio que inevitavelmente promove a ação da minha mente criativa.

O tempo que estou apenas a ouvir a minha voz é certamente curto demais para garantir que meu corpo sinta-se suprido e jamais carente daquilo, que com toda certeza, alimenta a minha alma. Ser pensante é inegavelmente a parte que mais me tenta no ato de pensar, assim como o cérebro, o órgão infinito e perfeito nos meus sonhos, é o mais fascinante segredo da minha vida.

Aqui dentro, é possível visualizar as mais surreais aventuras, e cultivar os mais bonitos dos amores. Viver tudo aquilo que deseja, e realizar cada partícula, mesmo ausentando-se da vida “real”, que nos prende a matéria e nos liga ao fútil e inútil. Acordar dessa história me remete a razão, que prende os meus pés e finca minhas mãos na lama dessa sujeira real, prendendo-me a incapacidade do mais simples desejo, que jamais se realizará, nesse mundo externo e sujo.

O fato, é que quando atinjo o êxtase dos meus objetivos psíquicos, tenho retirado de mim o direito de pensar, e permanecer imóvel ou/e sombrio por tanto tempo. Arredar de mim a possibilidade de conseguir estar entre o bem e o mal, o frio e o quente, o divino e o satânico, é, e deveria ser oficialmente um crime irremediavelmente imperdoável.

Porque, geralmente, estar perdido por um tempo indeterminado nos meus pensamentos, é tão mais valioso quanto qualquer dom que poderia ser dado por Deus, ou pelo diabo.
Retirar de mim por um tempo consideravelmente longo, aquilo que me cultiva e me fortalece, é comprar e vender ao tráfico a briga que você jamais poderá vencer.