Me diz... O que vai ser de mim no final das contas?
Quando souber que toda essa confusão se foi...
Me diz, Deus!
Me diz quem vai me defender quando medo eu tiver, me diz quem vai me abraçar e me dizer que as coisas vão ter um rumo certo.
Estou bambo nessa corda que fica cada vez mais firme, me segurando nas decisões, mantendo minha mente no futuro.
E sabe o que é o pior de tudo isso? Saber que no final das contas você não estará aqui. Assim como nunca esteve. Sinto sua falta sem nem ao menos te sentir, sinto pelas coisas que não existem, sinto por coisas que já deveriam ter sumido no ar feito fumaça.
Eu ainda te sinto como ontem,
e não esqueço de forma alguma o seu cheiro,
o seu toque,
o seu olhar.
Será que você nem ao menos pensou? Será que em nenhum momento isso pode ter sido um par?
Você me faz tanta falta, como se tivesse arrancado um pedaço disso e levado pra casa, naquele dia que decretou de vez o destino desse coração bandido.
Destino esse que não revelou, mas deu-se para descobrir, e iludir a mente daquele que disso tudo sofreu.
É que eu fecho os olhos quando a noite chega, e me encolho nessa cama que parece tão fria. Só me resta acreditar, e me agarrar aos retalhos daquilo que novo foi me dado.
Só restaram os pedaços... só os pedaços.
[~]
E a você? que se dizia tão fiel?
Só digo que não há perdão naquilo que muito me afetou,você entrou aqui e estragou as coisas que eu penei em cultivar. Te dei a chave para o mundo que existe aqui dentro, e você foi leviano com aquilo que pra mim era mais frágil do que porcelana.
Me ceguei, porque acreditei então que já tinha encontrado a confiança, e você alimentou seu ego destruindo o meu frágil momento, alimentando-se de arrogância, e inchando feito balão.
Se acha que não há culpa, então ignora totalmente a existência do que já fui.
Não há beleza nesse mundo que você cultivou. Porque não há graça longe daquilo que lhe agrada,
e se já não te é de graça, então falta o respeito, porque pra você não há mais lei.
Eu te dei a chave do meu infinito, e você me escancarou para o mundo, para os inimigos.
Você foi o pior de todos eles, quando colocou na boca imunda do povo, a imagem daquilo que eu não era, e não podia defender.
Se procura culpa, sirva-se, já que não há mais motivos para negar.
Talvez só você tenha perdido o verdadeiro amigo. [~]
Eu falei sério quando usei o amor para ti, mas você subverteu as coisas, e fez de mim o vilão para quem quisesse ouvir.
Se isso não lhe ofende a consciência, então tenha um misero orgulho que seja, e saiba que no final das contas você apunhalou um homem ferido e fraco.
Grande vitória, ein?
Grande homem.
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