domingo, 8 de novembro de 2009

Antes de dormir.

O tempo vai passando, passando... E passa sempre cada vez mais rápido.
Até que nos damos conta de que uma grande parte da nossa vida já se foi.

Grandes conquistas, grandes mudanças, grandes histórias.
Seu mundo se modificou desde então, e hoje você já não reconhece o menino de ontem.
Tornou-se um homem, cresceu e já pode falar em voz alta, porque você é responsável pelos seus atos.

Olhando as fotos, as recordações, você se dá conta de que não entende mais aquilo que lhe afligia num certo tempo atrás, você sorri, e guarda na caixa aquelas coisas que não possuem mais o mesmo valor.
Você não se sente mais englobado naquelas situações, e brinca, pois agora você já possui uma nova ocupação.

O tempo se esvaiu entre os seus dedos, e é inevitável a sensação do que não pode ser recuperado.
A infância já se foi, e junto com elas as brincadeiras, a inocência e a vontade de crescer.
Você já não é um pré-adolescente, e não possui mais a vontade insaciável de conhecer.
Sua adolescência se foi, tão pouco tempo atrás, e agora nem isso você pode ter de volta.

Nem o tempo mais recente, nem as histórias mais quentes.
Você não pode trazer nada de volta, porque o rio segue o seu destino.

Água esvaindo entre os dedos, o tempo que não voltará.
Você hoje é um homem, e isso parece muito excitante... Mas você não esquece, você não apaga quem já foi. Porque é aí que está a sua base, sua estrutura, guardadas nas lembranças que o tempo tratou de cuidar.

Guardados na caixa, empoeirados, mas ainda assim, essenciais.

Você sente falta de quem foi, mas se tornou adulto, e no final das contas a vida tomou seu rumo, e o ciclo natural se completou. É hora de responder pelos seus atos, gritar quando for preciso, e tomar suas próprias decisões.

Play Game.

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