É que de certa forma eu já sabia que isso ia acontecer, veio com aviso prévio.
Mas o que direi?
Que tudo que fiz foi por amor?
Sim, foi...
Fiz por amor a vida, por amor ao amor, por amor as necessidades, e por amor a tudo aquilo que feliz me fez.
Fiz pela necessidade de sorrir, pela prioridade em sentir, pela única e simples razão de não ter razão.
Acobertei os fracos, encorajei os potenciais, extrapolei nas novidades, provei do bom (e do ruim), sorri para os inimigos, abracei todos os bons amigos.
Se me arrependo?
Sim... Não mentirei.
Me arrependo de não ter chorado mais, de não ter dado o meu show quando me foi conveniente, de ter calado o pranto porque quis ser forte, de ter engolido quieto e sozinho, enquanto o mundo desabava nas minhas costas. Me arrependo de não ter respondido, não ter brigado, e não ter revidado tudo àquilo que fizeram para me marcar. Me arrependo de não ter aproveitado, ter olhado, e apenas deixado passar, porque acreditei de forma inocente, que amanhã haveria uma nova oportunidade.
Me arrependo sim, porque como todo mundo, deixei passar entres os meus dedos aquilo que mais sagrado é, o tempo. E leviano fui, esquecendo que cada segundo de tudo isso era vital, era sagrado.
Porque no peito ainda floresce a sensação de insatisfação. Quero o meu amor, quero o meu barco ancorado nesse cás, quero sorrir porque bobo fiquei, pelo amor, pelo doce que é ter.
Sentirei não só falta daquilo que muito tive, mas falta daquilo que também faltou.
Sentirei saudades, para desbancar o conceito de que saudades é a falta daquilo que se teve.
Eu sentirei saudades daquilo que não pude ter, porque por ambição ou não, eu sei que tudo isso vai ficar pra trás...
Eu vou voltar, e olhar de longe aquilo que fiz.
Sorrirei então, feliz pelo o que construí,
e apagarei o sorriso, quando for para entender que nem tudo é para se ter.
Aceito a condição ~
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