quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A-lugar algum.

Não adianta chorar, você pediu.
Não adianta se conter, você se expôs.
Não adianta tentar não sentir, você se permitiu a mortalidade.

Esse coração que agora insiste em bater - e que no peito ritmado continua, celebrando sozinho essa liberdade -, esse coração que é seu, assim como dele é você também, marca na pele feito tatuagem o que verdadeiramente é.

Agora tente não se conter, permita-se sentir, e aceite o pranto.
Não como um castigo imposto pela necessidade de se deixar vulnerável, mas como a dádiva de sorrir e chorar. A sensibilidade de existir, e, como poucos, viver.
Agora, habilitado a respirar sem medo, estampe o sorriso, destile a felicidade, e entenda que hoje és um homem completo, cheio de sentimentos.

E sim, o que está sentindo é dor, aliada ao medo e a dúvida. Não... não precisa tentar reprimir essa erupção que começa a dar sinais ai dentro, liberte a dor, grite-a para o mundo inteiro, esbraveje e diga que ela é sua (como és dela também). Viva esse sentimento também, porque ele é vida, assim como a vida é dele também.

Vai passar, a parte boa é que no final das contas irá melhorar. E você será outra vez mais forte, outra vez mais vivido, muito mais interessante de se conhecer. As histórias, As cicatrizes, fazem de nós homens mais interessantes...


[...]

Nenhum comentário:

Postar um comentário

decifra-me ou te devoro!