Foi tentando me aproximar de mim mesmo que fui ficando distante do que pretendia ser.
Longe da alma e das escolhas - minhas por direito - que sentenciavam os dias que haviam por vir.Na tentativa de proferir o destino preferi então permitir a presença dos acontecimentos, e deixei a esmo o controle de mim mesmo. Sendo eu a ausência, a separação, o multicolorido e o incolor.
Inevitável sim, fui me tornando um livro de muitas histórias, incontáveis foram as marcas, incansáveis foram as lutas, inesgotável foi a minha vontade de viver. Ausentei-me do meu próprio cargo, do controle de mim mesmo, e foi assim que me permiti acontecer, livrando-me do fardo da plenitude do próprio ser.Distanciado, desentendido do âmbito dos acontecimentos, desnorteado porque assim decidi. Descontrolei foi no meu último controle, entre tanto medo de existir e desistir.
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