domingo, 28 de fevereiro de 2010

O momento em que me refugio do resto do mundo talvez seja o momento mais esperado do dia. É quando posso fechar a porta e acreditar que o trem deu uma pausa, um tempo de descanso, algumas horas para esquecer que são incontáveis os dias que estão por vir.
Esse momento é singelo, é sereno, e dentro deste quarto eu só posso me ouvir, entender e refletir tudo que se vê separado de mim.
Talvez eu seja meio louco, anti-social e fechado... Talvez. Mas é que meu silencio é meu tesouro, e é involuntário o alivio que se dá. Faço silencio como amo, calo na tentativa de dizer, e dói na tentativa de não sentir, só pensar.
O momento que me refugio do resto do mundo é mágico, e se faz sentir até no ar, que de um jeito discreto diz para os ouvidos que estão aptos a escutar, sussurra de leve, mas diz, diz como quem pretende marcar... "você pode respirar".

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