E aqui ele diz, que com a angustia tomou-se do direito de privar dos outros às suas palavras. - Ele disse, e da minha angustia me dei o direito de respirar forte feito um touro.
Respirei pela necessidade de continuar vivo, pela necessidade de entender.
Respirei porque precisava me manter de olhos abertos, porque a partir deste momento eu pude entender o que há muito era um enigma.
Repassei vagarosamente o que tinha aprendido nas aulas de teatro, me lembrei de "inspirar e expirar", e por fim, voltei a abrir os olhos e encarei dolorosamente à verdade que estava sobre eles. - "Sempre houve um outro nível, não?" - Foi o que eu disse entre um sussurro e outro.
Sussurros a parte, eu sei, cheguei ao meu ponto mais alto. E é alto, é muito alto! Você que tomou-se do direito de não falar, já que o mundo para você é feito do ar, e de todas as coisas nele, que são feitas de uma só letra, um só nome.
Me desculpe, estou voltando! É que de agora em diante, a luta por um olhar, por uma palavra de orgulho, acabou. Você só será daqui para frente aquilo que se predestinou a ser, e nessa engenhosidade toda, talvez um dia enxergue, que aqui já habitou um homem com sede de vitória e um coração cheio de paz. Mas já dizem muito bem, as pessoas tem um gosto "escroto" pelas coisas que não prestam.
E eu já não me importo, pasme.
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