Tem dias que eu acordo para entender.
Tem dias que eu acordo para desaprender.
Dias em que acordo para desorganizar, banalizar e provocar o caos.
Dias em que acordo para eternizar, conceituar, e promover o amor.
O sol levanta forte, meu sorriso logo brota, meus olhos observam e absorvem os detalhes, enquanto o meu todo promove sintonia e graça.
Se deita leve, meu sorriso logo broxa, meus olhos transbordam, enquanto o meu todo despromove e sofre, bobo e sem jeito nenhum.
Tem dias que eu só faço sorrir.
Tem dias que eu preciso sumir.
Existe dia para tudo, para provocar, ser provocado, para amar e ser amado.
Dia para julgar e dia para entender. Dia para cantar e dia para encenar.
Dia para negar e dia pra aceitar. Dia de tantos dias para não ser dia.
Há muitos dias.
Mas é só isso que nos resta, saber que há muitos deles.
Até quando?
Até onde?
Existe uma quantidade invisível e imprevisivel de quanto tempos viveremos.
Existem múltiplas oportunidades de um fonte infinita.
Mas o criador não mandou o medidor junto, e só nos resta tatear no escuro, tendo noção que no final das contas o ultimo dia será vivido sem perceber.
Existe dia para tudo,
Para sofrer, sorrir, beber, esquecer, aprender, entender, viver.
Até quando?
Já não sei...
[...]
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
ideia.
Eu queria poder perder a noção.
Me desapegar e desativar qualquer nível de consciência.
Queria ser porra louca e não ter interesse nas coisas ao meu redor.
Só assim eu poderia falar coisas e não ter necessidade do martírio, da sensação do desorganizado porque uma vez você agiu errado. Assim, quem sabe, eu perderia de uma vez por toda essa necessidade de agir e ser perfeito.
Esquecendo-me, quem sabe um dia assim, de leve, eu pudesse não perceber que existem as consequências. Poderia desconhecer, cegar e no final das contas me jogar, sabendo que o erro é banal, e que errar faz parte.
Saber que depois eu iria sorrir, porque no final das contas o que vale é a tentativa.
E após a tempestade e de qualquer fenômeno que poderia provocar, eu iria entender e esquecer.
Eu queria.
Eu idealizo.
[Não realizo.]
Me ajuda a esquecer?
desaprender e então, reaprender a ser.
Me desapegar e desativar qualquer nível de consciência.
Queria ser porra louca e não ter interesse nas coisas ao meu redor.
Só assim eu poderia falar coisas e não ter necessidade do martírio, da sensação do desorganizado porque uma vez você agiu errado. Assim, quem sabe, eu perderia de uma vez por toda essa necessidade de agir e ser perfeito.
Esquecendo-me, quem sabe um dia assim, de leve, eu pudesse não perceber que existem as consequências. Poderia desconhecer, cegar e no final das contas me jogar, sabendo que o erro é banal, e que errar faz parte.
Saber que depois eu iria sorrir, porque no final das contas o que vale é a tentativa.
E após a tempestade e de qualquer fenômeno que poderia provocar, eu iria entender e esquecer.
Eu queria.
Eu idealizo.
[Não realizo.]
Me ajuda a esquecer?
desaprender e então, reaprender a ser.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Escrevendo.
Eu preciso escrever.
É para isso que existo, é para isso que respiro.
Preciso escrever porque meus pensamentos são como um desastre natural, embaralhando todos os pontos da imagem e fazendo desorganizar o organizado quase sempre tão padrão.
Preciso escrever porque tenho a necessidade de jogar tudo isso em um grande quadro, para analisar e entender, para alimentar essa insegurança que se aloja em mim.
Escrevo porque gosto do estrago, e tomo todas as vezes o veneno de não viver sem saber.
Escrevo porque sou viciado, e tomo todos os dias a minha dose de palavras. Fazendo crescer cada vez mais a minha sede de controle, daquilo que sem escrever fica cego, desconhecido.
Sou um dependente e tenho consciência disso, consciência de que escrever só me leva a conceituar tudo e todos, e que esse hábito aparentemente doentio só serve para minar um lado meu que deveria ficar no esquecimento.
Mas é que, escrever é vida, é flor.
E sem escrever eu jamais respiraria tranquilo, sabendo que deixei pra trás um dom tão bonito.
Escrevo pela honra, pelo sentimento de cuidado por aquilo que é tão sagrado.
Escrever é também aprender a manusear as palavras, e entender a força das mesmas.
Palavra tem mágica, e você se enganaria muito, caso não acreditasse nisso.
Nós, "escritores", somos mágicos nesse mundo tão cético e tão frio. E se nesse mundo de cinza, eu fui agraciado com uma ponta de cor, me transformo e tomo até o ultimo gole, fazendo desse dom, na minha vida, multicolor.
Deus me fez criativo, e me mostrou aonde usar tal dom.
Continuo escrevendo por respeito a Deus, aos teus.
- Garçom, por favor, mais uma dose do meu bom dom! -
É para isso que existo, é para isso que respiro.
Preciso escrever porque meus pensamentos são como um desastre natural, embaralhando todos os pontos da imagem e fazendo desorganizar o organizado quase sempre tão padrão.
Preciso escrever porque tenho a necessidade de jogar tudo isso em um grande quadro, para analisar e entender, para alimentar essa insegurança que se aloja em mim.
Escrevo porque gosto do estrago, e tomo todas as vezes o veneno de não viver sem saber.
Escrevo porque sou viciado, e tomo todos os dias a minha dose de palavras. Fazendo crescer cada vez mais a minha sede de controle, daquilo que sem escrever fica cego, desconhecido.
Sou um dependente e tenho consciência disso, consciência de que escrever só me leva a conceituar tudo e todos, e que esse hábito aparentemente doentio só serve para minar um lado meu que deveria ficar no esquecimento.
Mas é que, escrever é vida, é flor.
E sem escrever eu jamais respiraria tranquilo, sabendo que deixei pra trás um dom tão bonito.
Escrevo pela honra, pelo sentimento de cuidado por aquilo que é tão sagrado.
Escrever é também aprender a manusear as palavras, e entender a força das mesmas.
Palavra tem mágica, e você se enganaria muito, caso não acreditasse nisso.
Nós, "escritores", somos mágicos nesse mundo tão cético e tão frio. E se nesse mundo de cinza, eu fui agraciado com uma ponta de cor, me transformo e tomo até o ultimo gole, fazendo desse dom, na minha vida, multicolor.
Deus me fez criativo, e me mostrou aonde usar tal dom.
Continuo escrevendo por respeito a Deus, aos teus.
- Garçom, por favor, mais uma dose do meu bom dom! -
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Para não entender.
Sou romântico demais.
Sou sonhador demais.
E estou cansado de esconder nas minhas palavras o sentindo real do que elas querem dizer.
Estou cansado de esconder no vento aquilo que já deveria ter sido fato, e ato.
O destino me forçou a ser um mentiroso.
Estou me escondendo dia após o outro, por que resolveram não me consultar.
E se alguém quer saber, estou cansado... Cansado de forçar um sorriso tão hipócrita.
Vocês não entendem como funciona a vida desse lado,
E vivem aí, me forçando a fazer tantas coisas porque eu não sou igual.
Estou cansado, acredite.
Só preciso sorrir sem compromisso,
Olhar sem receio, abraçar sem maldade,
E existir sem planejamento.
Eu preciso existir sem perceber ~
Sou sonhador demais.
E estou cansado de esconder nas minhas palavras o sentindo real do que elas querem dizer.
Estou cansado de esconder no vento aquilo que já deveria ter sido fato, e ato.
O destino me forçou a ser um mentiroso.
Estou me escondendo dia após o outro, por que resolveram não me consultar.
E se alguém quer saber, estou cansado... Cansado de forçar um sorriso tão hipócrita.
Vocês não entendem como funciona a vida desse lado,
E vivem aí, me forçando a fazer tantas coisas porque eu não sou igual.
Estou cansado, acredite.
Só preciso sorrir sem compromisso,
Olhar sem receio, abraçar sem maldade,
E existir sem planejamento.
Eu preciso existir sem perceber ~
vento, tento.
Depois de certo tempo a gente olha à nossa volta e se dá conta de que fomos englobados por esse sistema que tanto criticamos. Respiramos, inspiramos, e por fim aceitamos o fato.
Sorrimos,
Acenamos,
E escondemos os nossos sentimentos quando não parecem convenientes.
É que não é adequado agir de tal forma. Por isso é que ficamos calados diante de situações que seriam cruciais no desenvolvimento de nossas vidas.
Recuamos, Abaixamos as nossas cabeças, e por fim deixamos passar com o vento.
Sorrimos,
Acenamos,
E escondemos os nossos sentimentos quando não parecem convenientes.
É que não é adequado agir de tal forma. Por isso é que ficamos calados diante de situações que seriam cruciais no desenvolvimento de nossas vidas.
Recuamos, Abaixamos as nossas cabeças, e por fim deixamos passar com o vento.
vazio.
Assim o tempo vai tomando seu rumo, e as palavras que todos os dias fazem as minhas ideias vão se acumulando no fundo da sala vazia.
A sala está vazia...
Você ainda não entendeu?
Alguém aqui ainda não entendeu?
Cá estou eu, depois de tanta espera, depois de tanto esforço.
Cá estou eu, com tantas conquistas, com tanto orgulho, e com tanta felicidade.
Cá estou, erguendo no ar os meus sorrisos mais sinceros.
Mas e daí?
Não há a pessoa certa para dividir.
E é tão sem graça...
É tão sem sal...
Voltar no final do dia e sorrir sozinho num quarto escuro, e vazio. ~
A sala está vazia...
Você ainda não entendeu?
Alguém aqui ainda não entendeu?
Cá estou eu, depois de tanta espera, depois de tanto esforço.
Cá estou eu, com tantas conquistas, com tanto orgulho, e com tanta felicidade.
Cá estou, erguendo no ar os meus sorrisos mais sinceros.
Mas e daí?
Não há a pessoa certa para dividir.
E é tão sem graça...
É tão sem sal...
Voltar no final do dia e sorrir sozinho num quarto escuro, e vazio. ~
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
um grito.
Não há motivos para se envergonhar.
Eu tenho todos os motivos do mundo para sorrir e erguer a minha cabeça o mais alto que puder.
Não há motivos para se envergonhar, não é?
Eu tenho motivos para sorrir e sonhar.
É que a vida lá fora está procurando uma fraqueza para que possa me atingir,
está esperando que minha fortaleza fraqueje uma vez que for, basta uma vez,
para me destruir por um todo. assim, feito pó.
Só que vocês aí fora não sabem o quanto eu venci, e o quanto eu já lutei.
Eu não sou um novo guerreiro, e não estou aprendendo a lutar.
Eu simplesmente sei, e vocês não podem combater isso.
Vocês não podem me destruir.
Não importa que tempo seja, eu saberei lutar com qualquer um que seja.
Eu saberei tirá-lo do meu caminho caso seja preciso, e saberei destrui-lo caso você ouse tocar em qualquer parte do meu precioso legado.
Eu não sou o vilão, mas aprendi que para proteger o que amo é preciso muito mais garra do que para fazer maldade. Eu não sou vilão, mas também nunca disse que era santo.
Você sabe os limites, entende as barreiras.
Eu lhe explico até onde você pode ir, e você sabe até onde pode ir.
Depois disso, é tudo por sua conta.
E eu... eu já terei lhe avisado.
Não, eu não vou abaixar a cabeça.
Minha fortaleza se tornou imbatível, desde quando abriram meu peito para arranhar meu coração.
Sabe, hoje talvez ele esteja com defeito.
[ em partes ] ~.
Eu tenho todos os motivos do mundo para sorrir e erguer a minha cabeça o mais alto que puder.
Não há motivos para se envergonhar, não é?
Eu tenho motivos para sorrir e sonhar.
É que a vida lá fora está procurando uma fraqueza para que possa me atingir,
está esperando que minha fortaleza fraqueje uma vez que for, basta uma vez,
para me destruir por um todo. assim, feito pó.
Só que vocês aí fora não sabem o quanto eu venci, e o quanto eu já lutei.
Eu não sou um novo guerreiro, e não estou aprendendo a lutar.
Eu simplesmente sei, e vocês não podem combater isso.
Vocês não podem me destruir.
Não importa que tempo seja, eu saberei lutar com qualquer um que seja.
Eu saberei tirá-lo do meu caminho caso seja preciso, e saberei destrui-lo caso você ouse tocar em qualquer parte do meu precioso legado.
Eu não sou o vilão, mas aprendi que para proteger o que amo é preciso muito mais garra do que para fazer maldade. Eu não sou vilão, mas também nunca disse que era santo.
Você sabe os limites, entende as barreiras.
Eu lhe explico até onde você pode ir, e você sabe até onde pode ir.
Depois disso, é tudo por sua conta.
E eu... eu já terei lhe avisado.
Não, eu não vou abaixar a cabeça.
Minha fortaleza se tornou imbatível, desde quando abriram meu peito para arranhar meu coração.
Sabe, hoje talvez ele esteja com defeito.
[ em partes ] ~.
domingo, 11 de outubro de 2009
Sobre nada.
Repousei os dedos aqui porque estou com uma vontade inexplicável de escrever.
Às vezes eu tenho isso, mas quase nunca consigo produzir algo que faça muito sentido.
Talvez seja a vontade de visualizar aquilo que está fazendo mal, de ter uma noção geral e poder estar no controle daquilo que aflinge.
Certo... E quando o que vos/nos aflinge é invisível e inexplicável? desconhecido e definitivamente misterioso?
É aí que eu sento aqui, olho pra tela e me pergunto "sobre o quê irei escrever? [...]
Alguns minutos, muitos suspiros, poucas idéias, e um teclado que não emite som algum.
No player a banda favorita, as musicas mais lindas, e muita inspiração.
Invejo esse compositor por alguns minutos e chego a seguinte conclusão "é melhor desistir."
Não por hoje...
Mas já que não há explicação, então deixe-me calado.
"Durma medo meu."
Ficarei aqui, quietinho, prometo.
Às vezes eu tenho isso, mas quase nunca consigo produzir algo que faça muito sentido.
Talvez seja a vontade de visualizar aquilo que está fazendo mal, de ter uma noção geral e poder estar no controle daquilo que aflinge.
Certo... E quando o que vos/nos aflinge é invisível e inexplicável? desconhecido e definitivamente misterioso?
É aí que eu sento aqui, olho pra tela e me pergunto "sobre o quê irei escrever? [...]
Alguns minutos, muitos suspiros, poucas idéias, e um teclado que não emite som algum.
No player a banda favorita, as musicas mais lindas, e muita inspiração.
Invejo esse compositor por alguns minutos e chego a seguinte conclusão "é melhor desistir."
Não por hoje...
Mas já que não há explicação, então deixe-me calado.
"Durma medo meu."
Ficarei aqui, quietinho, prometo.
sábado, 10 de outubro de 2009
depois da tempestade, a calmaria. ~
Eu acreditei e deixei que o vento fizesse sua parte.
Mas estou confuso, entende?
Porque mesmo depois de aceitar eu não consigo mais voltar ao ponto que paramos?
Eu não consigo me fazer ver tudo do mesmo jeito.
Nada é do mesmo jeito.
E agora tudo vai mudando e se esvaindo entre meus dedos,
fluindo para outro lugar, muito mais rápido do que antes foi,
muito mais inevitavel do que qualquer conceito pôde descrever.
Existe uma distancia cada vez maior, e aqui dentro de mim tudo vai ficando gelado.
Acabou mesmo, não é?
Acho que dessa vez foi pra valer.
E é assim que sabemos que algo teve seu fim decretado,
quando nada decreta, nenhuma ideia descreve, nenhuma palavra formata.
Está acabando porque é do tempo, acabando porque a essência secou.
É verdade, não tratamos bem o coração.
Mas e agora, e o amanhã, cadê?
Deixa seguir sereno, acho que é o fim. ~
"Nem choro mais, só levo a saudade, morena. É tudo que vale a pena."
Mas estou confuso, entende?
Porque mesmo depois de aceitar eu não consigo mais voltar ao ponto que paramos?
Eu não consigo me fazer ver tudo do mesmo jeito.
Nada é do mesmo jeito.
E agora tudo vai mudando e se esvaindo entre meus dedos,
fluindo para outro lugar, muito mais rápido do que antes foi,
muito mais inevitavel do que qualquer conceito pôde descrever.
Existe uma distancia cada vez maior, e aqui dentro de mim tudo vai ficando gelado.
Acabou mesmo, não é?
Acho que dessa vez foi pra valer.
E é assim que sabemos que algo teve seu fim decretado,
quando nada decreta, nenhuma ideia descreve, nenhuma palavra formata.
Está acabando porque é do tempo, acabando porque a essência secou.
É verdade, não tratamos bem o coração.
Mas e agora, e o amanhã, cadê?
Deixa seguir sereno, acho que é o fim. ~
"Nem choro mais, só levo a saudade, morena. É tudo que vale a pena."
Para entender. ~
Sabe... Eu não tenho, e nem posso ter vergonha do que sou.
Não é que seja uma questão de escolha, é que eu estou destinado a não ter.
Porque no final das contas, apesar de todos os pesares, das palavras, dos olhares, de todas as promessas ou de tudo mais... Eu só tenho a mim.
Só tenho a mim para dizer palavras bonitas,
para escolher entre bem e o mal,
para escolher as razões para sorrir,
para escolher os momentos que irei viver.
E no final das contas só eu irei saber onde dói e onde sofre. Só eu saberei onde faz mal, ou onde faz bem.
E é pensando assim, que mesmo sendo deixado na mão tantas vezes, mesmo tropeçando por não ter em quem segurar, mesmo depois de tudo isso, eu não baixo a cabeça.
Parece um fardo grande demais, parece que as vezes vai apertar tanto que eu não vou nem conseguir respirar. E é sufocante, porque no final das contas, nada evolui, nada muda. Esse filme fica sempre voltando, e voltando, e eu sendo um telespectador sem escolha.
De certa forma é revoltante, quando depois de tantos anos eu olho, e ainda tenho que ver a negação das pessoas. Porque elas não entendem, não é?
Não entendem que a dor eu tratei,
que o sofrimento eu senti,
que o pranto eu vivi,
que as ofensas eu ouvi,
e que no final das contas eu nada fiz para ter que aceitar tudo isso.
Eles não entendem, não é?
E é por isso que depois de tanto tempo, depois de tanta luta, eu ainda tenho que acordar e me falar até que o pensamento se cale. "Você é um bom homem."
É, eu sou. Mas é que às vezes é difícil demais acreditar nisso, já que me dizem, e me julgam todos os dias, me fazendo acreditar que eu fiz mesmo algo de errado.
Errado por nascer?
Errado por viver?
~
Não, eu não vou entrar nessa paranóia.
Vocês vão precisar de muito mais.
Não é que seja uma questão de escolha, é que eu estou destinado a não ter.
Porque no final das contas, apesar de todos os pesares, das palavras, dos olhares, de todas as promessas ou de tudo mais... Eu só tenho a mim.
Só tenho a mim para dizer palavras bonitas,
para escolher entre bem e o mal,
para escolher as razões para sorrir,
para escolher os momentos que irei viver.
E no final das contas só eu irei saber onde dói e onde sofre. Só eu saberei onde faz mal, ou onde faz bem.
E é pensando assim, que mesmo sendo deixado na mão tantas vezes, mesmo tropeçando por não ter em quem segurar, mesmo depois de tudo isso, eu não baixo a cabeça.
Parece um fardo grande demais, parece que as vezes vai apertar tanto que eu não vou nem conseguir respirar. E é sufocante, porque no final das contas, nada evolui, nada muda. Esse filme fica sempre voltando, e voltando, e eu sendo um telespectador sem escolha.
De certa forma é revoltante, quando depois de tantos anos eu olho, e ainda tenho que ver a negação das pessoas. Porque elas não entendem, não é?
Não entendem que a dor eu tratei,
que o sofrimento eu senti,
que o pranto eu vivi,
que as ofensas eu ouvi,
e que no final das contas eu nada fiz para ter que aceitar tudo isso.
Eles não entendem, não é?
E é por isso que depois de tanto tempo, depois de tanta luta, eu ainda tenho que acordar e me falar até que o pensamento se cale. "Você é um bom homem."
É, eu sou. Mas é que às vezes é difícil demais acreditar nisso, já que me dizem, e me julgam todos os dias, me fazendo acreditar que eu fiz mesmo algo de errado.
Errado por nascer?
Errado por viver?
~
Não, eu não vou entrar nessa paranóia.
Vocês vão precisar de muito mais.
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