quarta-feira, 17 de junho de 2009

Alô?

Durante toda a nossa vida, nós inevitavelmente nos ligamos a pessoas, mesmo que platonicamente, nós tendemos a nos ligar a alguém, mesmo que apenas um, ainda assim, alguém.
O ser humano desaprendeu o ato de desapegar-se e não apegar-se é inevitável e impossível.

A cultura tratou de definir os níveis de envolvimento, e impossibilitou uma produção mais livre e independente daquilo que chamamos do viver, fato, é que durante o tempo em que estamos por aqui, conhecemos pessoas, nos envolvemos, e nos apegamos. Da família ao namorado, dos amigos aos conhecidos, nós nos apegamos.

O problema é que durante a nossa vida, nós, em alguns casos, não nos apegamos, e como por muitas vezes a balança tende a ser desigual, alguém fica na mão. E assim como fazemos sofrer, nós sofremos, pois somos fãs de carteirinha do clube do cotovelo.
Amigos, namorados (que também são amigos), família, cachorro, todos se incluem, aparecendo assim repentinamente durante os nossos dias, para virar de ponta cabeça aquilo que inicialmente estava tão arrumado e guardado. Pessoas vêm para revirar a nossa organização, e isso já é um discurso perdido, todos nós sabemos, assim como 2+2 =4(creio eu).

Pessoas aparecem, nós inevitavelmente vamos nos apegar, faremos sofrer e sofreremos, somos fãs do clube do cotovelo e meu cachorro já nem gosta mais de mim. Sim! Disso tudo eu já sei... Aonde quero chegar? Bem aí...

Nós passamos pela vida das pessoas, e muitas vezes deixamos marcas que jamais irão sumir, e como seres superiores e egoístas, nós não nos importamos, até porque, nada doeu em mim, foi fácil, indolor, estou feliz e só preciso de uma dose forte da bebida mais cara do bar. É... Mas a verdade é recíproca. De vez em quando a gente esbarra com a peça negra do xadrez, e infelizmente (para nós, os coitadinhos) isso dói, e como todo aspirante a escritor, eu só consigo escrever aquilo que me dói.

Veja bem, meu bem!
As pessoas entram em nossas vidas, e querendo ou não, elas pisam como elefantes em tudo aquilo que organizamos minuciosamente. Estou mentido? Sei que não, foi uma pergunta retórica (até porque ninguém iria responder. Claro!).
Bem como aquela lista ali em cima, não necessariamente nessa ordem, mas incluindo todos esses personagens. E tudo isso só confirma aquilo que eu tanto enrolei para dizer, que a maioria das pessoas entra nas nossas vidas para machucar aquilo que chamamos de percussor de sentimentos (poetas ignorantes, digam “oi!” para o cérebro), o fato é que isso será inevitável, assim como se apegar é um fato triste a ser aceito. A diferença nisso tudo somos nós, que podemos nos classificar em melosos bobalhões, ou recolher aquele resto de dignidade, e se retirar com maestria.

Temos que aceitar, que por mais que seja difícil, algumas relações às vezes acabam, e é assim que tem que ser. Uma amizade foi muito bonita enquanto durou, mas, se a outra pessoa foi embora, isso significa (infelizmente) que você é o único atrasado que ainda acredita nisso. As pessoas vão embora, e jogam tudo aquilo que você disse e sentiu na lata de lixo mais próxima... Parece cruel, não? Mas essa é a vida, ninguém disse que ela é feita de borboletas (nossa que gay! Se você achou, certamente deve repensar seus conceitos.).

O final disso tudo, meu caro amigo! É como classificamo-nos nessa guerra, somos então, cordiais cavalheiros ou sedentos súditos. Faça a sua escolha, e escolha-se por viver no bem, ou no mal.












Bem ou mal? Nossa! Às vezes eu exagero...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Refletindo Inconclusivamente.

É esse silencio que me mata. Antes fizesse barulho, só assim eu estaria ciente de que rumo tomar. O problema é que eu não posso conviver com aquilo que não consigo ver, empurrando cada pedacinho como se fossem feitos de papel, quando na verdade, foram feitos de palavras, histórias, momentos.

Eu me sinto um melodramático, daqueles bem clichês, que pagam com a própria língua nesses momentos, sabe?
Eu me sinto um completo idiota por ter não só me entregado em euforia, mas um idiota completo por ter me deixado cair nesse buraco sem fim, que me fez ter sede de viver, de amar.
É, é isso que me mata. Saber que eu fui o idiota, que se entregou em euforia, e agora tende a se contentar com o silencio constante, que permanece assim, sem fim.

Eu tenho que agradecer, entende?
Deus me agraciou com o dom de sentir mais uma vez, ele me cedeu outra oportunidade, e tirou de dentro de mim esse oco gélido que se apoderou de toda parte do meu corpo. Sabe, eu fui um egoísta só de pedir algo assim, e sou um egoísta muito mais medíocre quando ainda quero pedir mais.

A verdade é que eu preciso aprender dessa vez, a deixar de ser esse “fracote” estúpido e resmungão, eu preciso deixar de ser essa criança fraca, eu preciso deixar de lado, de uma vez por todas, essa fragilidade que cobre todo o meu ser.

Mesmo que essa incerteza continue por mais um tempo, mesmo que fique pulsando dentro de mim, mesmo que tudo isso, eu preciso aprender. Dessa vez sem ser o menino mimado, que pede tudo, que quer tudo, eu tenho que aprender a conviver com o ônus dos meus pedidos, pra que assim, de uma vez por todas, eu possa ser agraciado com o bônus.


É! Eu tenho que aprender.